Como uma criança pode sobreviver na escola se não joga futebol

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Como ajudar a criança a se integrar na escola se não joga futebol

Não há quem escape do futebol, afinal é um esporte que todo mundo gosta: adultos, meninos, meninas, avós, reis, presidentes ou encanador. O futebol está por todos os lugares: na televisão, nas ruas, nas cidades, nos países mais remotos e também, é claro, nas escolas. 

Jogar futebol nos intervalos das aulas ou recreios assegura às crianças integração no grupo. Então, o que acontece com essas crianças que não gostam do ‘esporte rei’? A realidade é que estão socialmente marcados, afastados do grupo e muitas vezes marginalizados. 

Como ajudar a criança a se integrar na escola se não joga futebol

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'Meu filho não joga futebol’, é uma frase que algumas mães dizem com certa preocupação, porque esse fato marca socialmente as crianças nos pátios. Não tem muitos amigos com quem brincar, já que a maioria adora futebol. O que fazem? Encontram outras crianças que tão pouco jogam futebol, às vezes são espectadores da partida e não participam e muitas vezes brincam sozinhos. O que está claro é que geralmente não têm um grupo fixo de amigos com os quais possam compartilhar momentos de lazer na escola. 

Jogar futebol é muito benéfico emocionalmente para as crianças: aprendem a se superar, a se sacrificar, a se esforçar, a trabalhar em equipe, a perder, a ganhar, a adquirir disciplina, elas se socializam e administram a frustração. Isso sem mencionar as vantagens físicas. 

Nos recreios, as crianças que não jogam futebol estão a margem de toda essa sociabilidade que gira em torno do esporte. Não participam dela. 

Como ensinar uma criança a conviver com isso na escola? O que os pais podem fazer para ajudar seus filhos se não jogam futebol? 

- Não obrigue a criança a jogar. Se ela não gosta de futebol, não gosta e pronto. Não há por que matriculá-la num clube para forçá-la a participar e a competir na modalidade. 

- Falar com a escola para que promovam outras atividades nos recreios e inclusive propor que alguns dias não brinquem de bola para incentivar com que as crianças que não jogam futebol possam se relacionar com os que fazem. 

- Não pressioná-la para que joguem futebol nos recreios. A única coisa que irão conseguir é que fique aborrecida e se for criticada por algum erro cometido ela se sentirá prejudicada na sua autoestima.

- Incentive para que a criança encontre outros meninos e meninas que como ela desfruta de outras atividades

- Podemos ajudar a criança a identificar que atividades ela mais gosta de realizar caso não seja o futebol e potencializá-las. Pode ser que seja o basquete, vôlei, trocar figurinhas no recreio, brincar de esconde-esconde... Os pais e professores podem animá-la para que seja pró-ativa e seja ela quem proponha brincadeiras entre as crianças que querem jogar futebol ou entre aquelas que não querem. 

- E, é claro, a gente deve promover a autoestima e a confiança em si mesma da criança, para que se os demais apontam o dedo porque não joga futebol, que ela saiba reagir às críticas e isso não implique num golpe à sua personalidade

Alba Caraballo

Editora de GuiaInfantil.com

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