Quando os pais defendem as más condutas dos seus filhos

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. O que fazer quando os pais dos agressores não repreendem o seu comportamento
  2. O que podemos fazer nesses casos em que não encontramos o apoio dos pais dos agressores?

Quando nossos filhos começam a estudar, eles terão que enfrentar problemas que podem surgir com os amigos ou com os companheiros. Até então, somente brincavam com outras crianças sob a supervisão constante dos pais, que estavam ali para ajudá-las em caso de algum conflito. 

Por experiência própria, em todas as escolas e em todas as classes existe um menino ou uma menina que tem um comportamento mais agressivo do que o restante. Os pais podem comentar em pequenos grupos como o menino ou menina em questão se comporta mal, falam para os seus filhos não brincarem com eles, comentam o assunto com os professores e pedem mais vigilância, e quando o assunto se torna insustentável, falam com os pais da criança. Mas, o que acontece quando esses pais defendem as más ações dos seus filhos?

O que fazer quando os pais dos agressores não repreendem o seu comportamento

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Eu já assisti vários casos desse tipo e a atitude dos pais da criança brigona era a mesma: justificar as más ações dos seus filhos. Já escutei frases do tipo: ‘ele agiu assim porque não queriam brincar com ele’, ‘ele bateu neles porque estavam rindo dele’, ‘porque não passavam a bola para ele’... Sempre existe um porque para uma má conduta e nunca um perdão à criança agredida. Inclusive, em alguns casos, já escutei indignada como os pais convertiam o agressor em vítima.

Suponho que é assim como em ocasiões algumas crianças se envolvem em comportamentos ruins com outras crianças (bullying), porque ninguém tenha posto limites e encontram apoio nos seus pais, que minimizam ou dão pouca importância ao ocorrido.

O que podemos fazer nesses casos em que não encontramos o apoio dos pais dos agressores?

- É importante se queixar à direção do centro escolar e pedir que aumente a vigilância e o comportamento da criança.

- Falar com os nossos filhos e dar-lhes armas para poder lutar contra o abuso. A violência não é a resposta. Devemos ensiná-los a mostrar uma atitude firme e responder verbalmente com firmeza e segurança para que possam desmontar o agressor.

- Se a escola não reage às queixas dos pais pelo comportamento de uma criança, nem os pais deste ajudam a erradicar o esse comportamento, talvez seja o momento de fazer uma queixa formal, seja ao conselho de professores ou no juizado de menores com um advogado.

Finalizando, vou comentar algo que minha mãe fez, em outros tempos, e meu irmão era pequeno. Outra criança quatro anos mais velha que meu irmão abusava dele e minha mãe foi diretamente falar com a criança e lançou várias ameaças a ela. Nunca mais voltou a molestar ao meu irmão. Claro que hoje em dia é politicamente incorreto, mas às vezes dá vontade, não é mesmo? 

Alba Caraballo

Editora de GuiaInfantil.com

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