O primeiro amigo da infância

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Em que os amigos da infância contribuem
  2. Cinco presentes fantásticos que os primeiros amigos nos dão

Se fechar meus olhos ainda posso vê-la. Seu sorriso, seus olhos verdes e essas pequenas e tão graciosas sardas no rosto. Brincávamos de adivinhar nosso futuro, inventando viagens à Groelândia em busca de tesouros, e sonhávamos acordadas. A gente se disfarçava de princesas, de piratas, de bailarinas. Podíamos ser médicas, professoras, atrizes. Foi minha primeira grande amiga na infância. E os primeiros amigos, assim como o primeiro amor, a gente não se esquece. 

Em que os amigos da infância contribuem

Os primeiros amigos da infância

As primeiras recordações que conservo da infância estão ligadas à escola. E ali, os primeiros amigos. Sei que sem eles não poderia amadurecer nem chegar ao que sou agora e sei também que quanto mais amigos a gente tem na infância, mais fácil será quando, na caminhada, nos relacionarmos com outras pessoas. 

Por isso, os primeiros amigos te marcam para sempre. Eles ajudam a formar, sem saber, a sua personalidade. Um amigo te ajuda em muitas coisas. Você só ficará consciente disso quando cresce e olha sua caminhada. Alguns desses amigos você conserve a vida toda, outros não. Mas, todos tiveram uma missão na sua vida. 

Cinco presentes fantásticos que os primeiros amigos nos dão

1. Faz com que você se sinta único no mundo. Para eles você é único e te fazem perceber isso. Seu primeiro grande amigo te procura entre os demais. Ele te escolhe, e te faz se sentir especial. Isso fortalece sua autoestima e faz com que aprenda a fazer o mesmo com os outros.

2. Eles te ensinam a compartilhar. Desde o princípio se estabelece um vínculo entre seus amigos e você que exige normas básicas. Entre elas, compartilhar coisas com eles. Finalmente você compreenderá o que isso significa. Mas também você aprende a delimitar a fronteira da sua intimidade. Haverá coisas que você não vai querer compartilhar. Nem com o seu melhor amigo. 

3. Aprende a ceder. Porque já não pensa somente em você. Se seu amigo está triste, você tentará consolá-lo. Você é capaz de se sacrificar por ele. Além disso, você também não está sozinho. Nem sempre se pode escolher. Algumas vezes você terá que escolher um ou outro, em detrimento aos demais. 

4. Aparecem os ciúmes e você aprende a enfrentá-los. Quem já não sentiu que alguém roubava o seu melhor amigo? Os ciúmes são sentimentos normais. Aparecem quando você sente que estão tirando algo que você não quer compartilhar. No entanto, a amizade não consiste em propriedades, mas sim liberdade. E os primeiros amigos fazem que finalmente você compreenda que ninguém é de ninguém. Que um verdadeiro amigo tem que ser livre. 

5. Eles te ensinam a gostar. Parece simples, mas não é. Aprender a gostar e a ser querido é mais complexo do que parece. Aprender a querer implica em ser generoso, compreensivo, saber perdoar e cuidar da amizade dia a dia. Aprender a gostar significa fazer o amigo rir, ajudá-lo quando precisar, surpreendê-lo, ser detalhista, participar das suas alegrias, deixar o rancor e se afastar da inveja

O mais provável é que os primeiros amigos fiquem só na recordação. Normalmente os amigos que conservamos na vida adulta estão mais relacionados com a adolescência e com a época da universidade, porque a vida é longa e os caminhos se dividem. Ainda que esse primeiro amigo caminhe agora por outra estrada, sempre estará com a gente, ainda que não o vejamos.  

Estefanía Esteban
Redatora de GuiaInfantil.com

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