Como explicar o câncer às crianças

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Como explicar o câncer a uma criança
  2. As reações da criança ao câncer

Os pais devem falar do câncer com seu filho, de uma forma clara, sincera e sem sobressaltos. Ao se confirmar o diagnóstico da doença, é normal que os pais se sintam confusos, ansiosos, desorientados, e totalmente perdidos diante da complexidade que supõe a linguagem do diagnóstico, assim como as terapias de tratamento.

Por essa razão, é necessário que os pais se preparem, informem-se, e se inteirem dos mínimos detalhes sobre a doença, para que a aceitação da enfermidade seja mais tranquila e mais controlada. Fale com o médico do seu filho. Sua experiência servirá de consolo e apoio. É importante que os pais falem com seus filhos sobre o câncer, de uma forma clara, sincera e sem sobressaltos. Considere a opinião do médico especialista. Ele saberá dizer qual pode ser o momento mais conveniente para que seu filho saiba o que tem. Assim, quando chegar o momento, os pais poderão passar tranquilidade e segurança ao seu filho. Em casos como este, a orientação de um psicólogo é muito importante tanto para os pais como para os filhos.

Não existe razão para se desesperar. As energias deverão estar centradas na solução da doença e não na busca das possíveis causas. Deve-se lutar pela cura e não por buscar culpados.

Como explicar o câncer a uma criança

Pode-se explicar o câncer a uma criança de diferentes formas, segundo a idade que tenha, já que uma crianças de 2 anos não entenderá o mesmo que outro de 5 ou de 8 anos. Além disso, deve-se ter em conta que cada criança é um mundo distinto, e por isso deve-se encontrar a forma apropriada como contar a cada um deles. Encontramos algumas formas que os poderão ajudar:

- Por mais que os pais tentem explicar a uma criança de 2 anos o que é o câncer, ela não entenderá. Saberá que tem um “dodói” que necesita ser curado, nada mais. Nesta idade, o que eles precisam é sentir que seus pais estão ali e que lhes protegem. Precisarão de muito apoio, ânimo, e força, principalmente quando tomar injeções, fazer um exame incômodo, ou muitas vezes ir ao médico ou ao hospital.

- A partir dos 5 anos de idade, a criança já entenderá algo mais do conceito da doença, principalmente quando estiver vivenciando isso. Nesta idade, provavelmente irá querer saber o porque está doente. Explique-lhe que isso não é importante. Que a importância está na sua cooperação e colaboração no tratamento. Diga-lhe que o câncer são células “más”, e que o tratamento fará com que as células “boas” acabem com elas. Deve transmitir-lhe confiança, através de atitudes positivas.

- A partir dos 7 anos de idade, a criança compreenderá melhor a doença. Já se pode falar abertamente com ela sobre o assunto e fazê-la entender que a cura também dependerá de sua colaboração. Nesta idade, a criança já expressará melhor o que sente, seus medos, e dificilmente mostrará resistência para fazer algum exame ou a tomar os medicamentos, ainda que conheçam seus efeitos. 

Em qualquer caso e a idade que seja, é fundamental o carinho e o apoio da família. As crianças querem sentir-se protegidas e acolhidas.

As reações da criança ao câncer

Como a criança reagirá quando souber que tem uma doença que a fará estar ou visitar o hospital muitas vezes, é uma incógnita. Tudo dependerá da forma de ser da criança, do seu estado de ânimo, do apoio médico e familiar que tenha, do tipo de câncer que sofre, e da evolução do tratamento. A dor, bem como a duração da doença, são fatores muito difíceis de ser vividos por uma criança. E isso ainda tem o agravante de ter que estar mais afastada dos seus pais, amiguinhos, companheiros da escola.

A postura da família é muito importante para a evolução do tratamento. Deve-se pensar que tudo se supera quando se mantém o bom ânimo e a esperança. Se você tem uma criança que sofre de câncer, e se encontra no hospital, trate de criar um bom ambiente para ela. Busque distraí-la como puder, com brinquedos, “amiguinhos” de pelúcia, desenhos para colorir, e com prêmios por cada etapa superada. É necessário que empregue uma rotina, como por exemplo, para estudar e fazer os deveres do colégio. Se for conveniente, convide alguns dos seus amiguinhos para visitá-la. A criança ficará encantada em compartilhar suas experiências com eles, e assim desabafar um pouco. Pouco a pouco, a criança irá se adaptando à nova e temporal situação, e a vida familiar e social vai-se normalizando. O importante é que todos estejam unidos para superar a doença.

 

 

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