Cirurgia plástica em crianças

Novas técnicas utilizadas em cirurgias plásticas

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Quando as crianças necessitam de uma cirurgia plástica
  2. Riscos da Cirurgia Plástica na infancia

Devido as novas técnicas utilizadas em cirurgias plásticas, cada dia menos invasivas, a procura de pais por orientação sobre cirurgias plásticas em suas crianças tem crescido a cada dia.

A origem da palavra Plástica vem do grego “plastikós”, que significa dar forma. Neste sentido, cirurgiões são os especializados no remodelamento corporal. Por um desvio de raciocínio, a especialidade foi dicotomizada em “cirurgia estética” e “cirurgia reparadora”.

No caso dos meninos, a mais procurada, é a otoplastia, para corrigir as famosas “orelhas de abano”, visando evitar traumas psicológicos ou problemas físicos na idade adulta. Apelidos na escola e na vizinhança podem causar reações violentas (bullying) e até causar depressão, interferindo no desempenho da criança.

Quando as crianças necessitam de uma cirurgia plástica

Cirurgia plástica nas crianças

Os meninos são mais afetados por usarem os cabelos curtos e deixarem as orelhas à mostra. Por ser de escolha própria, ocorre com tranquilidade, pouca dor e a recuperação é muito rápida. Pode ser feita com anestesia local ou geral, e o único cuidado especial é usar faixas protetoras para dormir.

Em recém-nascidos e até os seis meses de idade – quando a orelha de abano for bastante perceptível – pode-se fazer uma modelagem bem simples, com gaze, gesso, algodão, cola especial e bandagem cirúrgica, como prevenção a uma eventual cirurgia futura.

Os adolescentes representam cerca de 13% do total de cirurgias estéticas no Brasil, segundo a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

As queimaduras se constituem no segundo campo principal de atuação da cirurgia plástica em crianças, já que a ocorrência de acidentes, especialmente domésticos, provocam lesões mais ou menos graves, tanto quanto à vida quanto às deformidades que podem ficar como seqüelas dessas lesões.

Dentre as principais deformidades congênitas ligadas à Cirurgia Plástica, apresentamos algumas, com respectivas características e época ideal de tratamento:

Riscos da Cirurgia Plástica na infancia

Fissuras labiais e palatinas. Também chamadas de lábio leporino (leporino = semelhante à lebre, já que coelhos têm o lábio naturalmente fendido) e goela de lobo, que é a abertura maior ou menor no céu da boca.

Essas patologias devem ser avaliadas precocemente pelos especialista, de preferência logo após o nascimento, para se estabelecer um programa de tratamento que inclui, não só a cirurgia mas a utilização de próteses que previnem o agravamento das deformidades. Geralmente se opera a fissura labial entre 30 dias e 3 meses e a fissura palatina entre 6 meses e 1 ano.

Mesmo que a pessoa já tenha passado desta idade, a procura por tratamento deve ser imediata.

Microtia ou agenesia de orelha. É a ausência parcial ou total do pavilhão auricular. Quase sempre ocorre somente de um lado.

O tratamento se inicia geralmente aos 5 anos de idade, quando já houve o completo desenvolvimento da orelha. Pode ser feito através do uso de enxertos de cartilagem retirado das costelas ou com próteses de silicone. Alguns cirurgiões condenam o uso dessas próteses porém quando se sabe utilizá-las, dão excelentes resultados sem necessidade de se fazer uma cirurgia bem maior e mais complexa, como é a retirada de enxerto cartilaginoso. Por vezes necessita-se de mais de uma cirurgia para se obter o melhor resultado.

Epicanto. É uma prega que se forma no canto interno dos olhos, às vezes reduzindo sensivelmente o campo visual da criança. Pode estar ligado a problemas mentais, necessitando por isso de uma boa avaliação neurológica. A cirurgia pode ser feita bem precocemente, mas o ideal é que se faça em torno dos três anos de idade, quando o desenvolvimento da criança permite um ato operatório mais tranqüilo e seguro.

Hipospádia. É uma deformidade do pênis que pode levar até mesmo à confusão no estabelecimento do sexo do recém nascido, se o defeito for muito acentuado. Ele se caracteriza por uma curvatura do pênis para baixo e a abertura do meato urinário no corpo do pênis e não na sua extremidade. Em casos muito graves, a abertura pode se dar até mesmo na bolsa testicular (escroto), produzindo maior confusão na determinação do sexo da criança.

O tratamento cirúrgico, que será feito em diversas etapas, deve se iniciar em torno dos três anos de idade, evitando-se graves problemas na área sexual, para a criança. Tratada corretamente, a hipospádia não deverá comprometer a vida sexual do paciente, na idade adulta. Contudo é indispensável sua correta avaliação hormonal que poderá apresentar alterações.

Sindactilia e Polidactilia. São deformidades dos dedos das mãos ou dos pés, caracterizadas, a primeira pela falta de separação dos dedos, podendo ser de dois ou mais. Comumente é só de dois dedos. E a segunda, a polidactilia, pela presença de dedos extranumerários na mesma mão ou pé.

O tratamento deve ser realizado após um ano de idade, sendo que no caso de polidactilia é muito importante estabelecer-se qual é o dedo melhor formado, evitando-se remover aquele aparentemente em excesso, mas que pode ser exatamente o que irá apresentar melhor função.

Nevus. São as pintas, que podem ser pequenas, mas também gigantes, por vezes tomando conta de todo o tórax, dorso e abdômen da criança. E às vezes grande partes dos membros. Essas lesões, quando pequenas são facilmente tratáveis. Quando gigantes, exigem um grande número de intervenções para remoções parceladas - já que a retirada total pode deixar graves seqüelas. Com o surgimento das próteses expansoras de tecidos, consegue-se fazer amplas remoções em um só tempo cirúrgico.

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