Como corrigir crianças que insultam

Conselhos para pais com crianças que dizem palavrões

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. 8 dicas para corrigir as crianças que insultam

Chega um momento em que, por mais que nos esforcemos nossos filhos acabam soltando algum palavrão ou insulto. O que fazer quando isso acontece, a gente deve deixar passar ou corrigi-lo de imediato? 

Como sempre, tudo dependerá da idade da criança e da intenção com que ela o fez. Não é a mesma coisa o insulto de uma criança de 2 anos do que o de uma criança de 10. A gente dá algumas dicas para corrigir o seu filho quando isso acontecer. 

8 dicas para corrigir as crianças que insultam

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1. Ser um exemplo, um modelo a seguir. Em primeiro lugar, os pais devem ser referenciais positivos para os seus filhos, já que as crianças pequenas aprendem fundamentalmente por imitação. Se os pais são os primeiros a insultar quando se chateiam por algo, dificilmente terão autoridade moral para corrigir os seus filhos quando xingam ou insultam. 

2. Fixar normas e limites claros em relação aos insultos dentro ou fora de casa. São os pais que devem estabelecer as regras do jogo que são permitidos em casa, e isso inclui também o tipo de vocabulário e o tom que se pode utilizar dentro e fora de casa. Devemos explicar às crianças quais palavras são aceitáveis e quais não. Por que não é correto insultar e como a criança deve tratar seus irmãos, familiares, amigos e conhecidos. Devemos explicar a importância do respeito e da tolerância. Mas, não é só isso. Nossos filhos também devem ver que nós, os pais, praticamos esses valores com eles e com todas as pessoas ao nosso redor. 

3. Moderar as reações. Tendo clara a primeira premissa (que deve ser básica para poder corrigir as crianças que insultam), a gente deve levar em conta outra coisa muito importante: quanto mais a gente se chateia com as crianças quando insultam, mais poder a gente estará dando a elas. As crianças descobrem rapidamente, e em função das nossas reações, o poder que têm determinadas palavras, sobretudo palavrões e insultos. Assim que, ao repreender uma criança que insulta a gente deve manter uma postura firme, mas não autoritária. Explicar ao invés de gritar, inclusive em ocasiões será preferível ignorar a castigar. 

4. Praticar a empatia. Tentar entender por que a criança insulta: será que ela está nos provocando, chamando a atenção ou não está conseguindo conter a ira? Saber a resposta a essa questão nos ajudará a corrigir melhor a essas crianças que insultam. 

5. Aplicar sanções diante da reincidência de insultos. Às vezes será suficiente aplicar um castigo de curto tempo para que a criança se dê conta de que o que ela tenha dito tenha ferido os sentimentos de um terceiro e que isso não é permitido. Em outras ocasiões, e com crianças mais velhas: a sanção pode estar relacionada com a retirada de um privilégio como ir ao parque para jogar futebol com seus amigos no dia seguinte. 

6. Buscar a 'saturação do insulto'. Essa alternativa, ainda que pareça controvertida é uma estratégia para’ tirar poder’ da criança que insulta para provocar. Trata-se de oferecer um espaço e um tempo para que a criança diga todos os insultos que queira sem parar. Por exemplo, a gente pedirá para que durante 5 minutos ela diga ‘tonta’, se for esse o insulto que tenha proferido, enquanto a gente deve permanecer tranquilos ao seu lado

7. Propor e aplicar a reparação do dano causado. Essa é outra técnica que se utiliza para reparar o dano infringido por um insulto, por exemplo, a um irmão. A criança que insulta deve dizer ao irmão insultado um mínimo de 3 elogios ou qualidades de modo sincero. Aplicável em crianças a partir dos seis anos. 

8. Oferecer alternativas. Esta é a melhor das técnicas porque o objetivo é a longo prazo, enquanto que as demais tenham resultados imediatos. Em longo prazo funciona melhor, quando a criança aprende outras formas de expressar sua chateação, raiva ou frustração ou já tenha aprendido a esperar ou a chamar nossa atenção sem a necessidade de recorrer aos insultos nem aos maus modos. Nossa função como pais é oferecer-lhes modelos, exemplos de comportamento diferentes daqueles que estão sendo usados erroneamente. 

Sara Tarrés Corominas

Psicóloga infantil 

Orientadora infantil

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