A regurgitação nos bebês

Quando o bebê expulsa o leite

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. O refluxo gastroesofágico nos bebês
  2. Por que os bebês regurgitam?
  3. Quando devemos nos preocupar com o refluxo
  4. O que podemos fazer para diminuir as regurgitações?

A regurgitação é a passagem do conteúdo gástrico (geralmente alimentos) para o esôfago ou boca sem esforço nem náuseas. Em algumas ocasiões é jogado para fora com força, por isso pode ser confundido com o vômito. Outras vezes fica no esôfago e produz irritabilidade ou intranquilidade no bebê. Ocorre frequentemente em menores de 3 meses com resolução espontânea  aos 12-14 meses. Nos bebês que mamam, 67% têm regurgitações mais de uma vez por dia.

O refluxo gastroesofágico nos bebês

Em geral, esses episódios de refluxo não provocam problemas de saúde nas crianças, mas em algumas crianças sim, provoca sintomas e problemas de saúde. Nesse caso se trata de Refluxo Gastroesofágico.

As regurgitações são mais frequentes depois do bebê mamar, sobretudo, se a criança está deitada, pois o conteúdo gástrico chega até a boca com facilidade. As crianças com refluxo podem ter uma digestão mais lenta que as outras e podem regurgitar alimentos que ingeriram várias horas antes.

Por que os bebês regurgitam?

As regurgitações são normais e benignas, e a curva de peso e tamanho da criança não deve ser afetada pelo problema. Na maioria dos casos, a partir dos 6 meses o problema vai desaparecendo à medida em que são introduzidos alimentos sólidos na alimentação do bebê. 

Alguns fatores peculiares da idade pediátrica fazem com que as crianças estejam mais predispostas a ter regurgitações. Por imaturidade, por exemplo, demoram mais para esvaziar o estômago, e o esfíncter esofágico inferior é mais fraco. Além disso, se o bebê passa muito tempo deitado, isso favorece com que o conteúdo do estômago se desloque até a boca. À medida que o bebê vai crescendo, todos esses mecanismos vão amadurecendo, e por isso as regurgitações vão diminuindo em frequência e em quantidade. 

Quando devemos nos preocupar com o refluxo

Se a criança está tranquila, contente, come bem e ganha peso adequadamente, não tem com que se preocupar. Por outro lado, se a criança está irritada, intranquila, deixa de comer, está muito ansiosa, não ganha peso corretamente e os vômitos são esverdeados ou com sangue, ou com náuseas ou esforço, deve consultar ao pediatra. 

O que podemos fazer para diminuir as regurgitações?

Se a criança está bem, não é preciso tratá-la com medicamentos, já que o refluxo vai diminuindo até desaparecer em alguns meses.

Para diminuir a frequência ou a quantidade das regurgitações convém não deitar a criança imediatamente após mamar e mantê-la um pouquinho em pé, nos braços. Também é importante alimentar o bebê com calma, sem pressas, sem deixar que o bebê fique ansioso ou ingira depressa, já que favorece o acúmulo de gases e isso favorece as regurgitações. 

Alguns pediatras recomendam fórmulas antirregurgitação, que são um pouco mais espessas do que o habitual e em geral mais calóricas, por isso são recomendadas, sobretudo se o ganho de peso não é adequado. Nos casos em que têm repercussão na saúde do bebê (Refluxo Gastroesofágico) os pediatras prescreverão remédios para melhorar os sintomas. 

Malena Hawkins

Pediatra

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