Quando a mãe assume o papel de pai após o seu divórcio

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Consequências do divórcio dos pais

Em geral, em todas as famílias pode haver uma divisão de papéis entre os pais. Tanto a mãe como o pai têm responsabilidades e compromissos no projeto comum de formar uma família e os filhos se beneficiam e se nutrem da diferente contribuição dos seus pais. 

Às vezes, pode ocorrer que depois de uma separação ou divórcio, a mãe, que pode conviver mais com as crianças, tenta compensar ou suplantar de alguma maneira a ausência do pai na família com a aparente e sadia intenção de que o seu filho não fique ressentido com as mudanças em relação ao pai. Em longo prazo, o que essa conduta pode representar para as crianças?

Consequências do divórcio dos pais

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O fato da mãe tentar assumir o papel de pai na família não deixa de ser um sentimento de proteção ou de culpa dos pais em relação aos seus filhos, por tê-los privado da sua antiga relação familiar, mas as mães divorciadas devem entender que o pai continuará sendo pai e elas não devem agir como se ele estivesse morrido e seu filho sofresse essa inevitável perda. O pai tem que seguir exercendo sua função e o seu papel na relação com os seus filhos, ainda que a situação tenha mudado.

Não se pode evitar que as crianças sofram com a separação dos seus pais. O divórcio, quando existem filhos, não é somente uma ruptura conjugal, também é uma ruptura familiar. Em alguns casos, as crianças se vêem afetadas profundamente em suas emoções e afetos. Podem se sentir mais irritadiças, depressivas, desconfiadas e culpadas. Como evitar que a criança sofra demasiadamente e possa restabelecer e aceitar uma nova relação com os seus pais? A resposta está nos pais. As crianças só se sentirão seguras se existir respeito entre eles, e existem algumas diretrizes comuns no cuidado e educação dos filhos. 

Ainda que no início seja difícil, o diálogo entre os pais têm que ser constante. A criança continua necessitando do seu pai e da sua mãe. Nenhum dos dois tem que suplantar o outro. Cada um é único e insubstituível. Substituir o pai ou a mãe pode levá-los à confusão, à superproteção e à preocupação por não estar à altura da nova situação. Por isso, muitas crianças respondem com comportamentos de culpa ou insegurança. As crianças necessitam de algo seguro como é o amor incondicional dos seus pais, seja debaixo do mesmo teto ou não. 

Marisol Nuevo

Redatora de Guiainfantil.com

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