A criança nas favelas

Quase um bilhão de pessoas, um sexto da população mundial vive em favelas

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Criança Esperança

Segundo a ONU, depois da população do campo, eles são o maior grupo nos países em desenvolvimento. Um estudo da ONU mostra que, em termos de desigualdade entre os moradores das favelas e de áreas urbanizadas, o Brasil só pode ser comparado à Costa do Marfim. O índice de desnutrição no Brasil é de 19% entre os moradores de favelas, ante 5% entre os que vivem em outras áreas urbanas.

Um relatório das Nações Unidas sobre os centros urbanos no mundo, divulgado em Londres, diz que o número de moradores nas favelas brasileiras deve subir para 55 milhões em 2020, o que seria equivalente a 25% da população do país, de acordo com projeções demográficas feitas pelo IBGE. Este relatório elogia diversos programas sociais brasileiros, mas alerta que a vida de quem vive nas favelas continua piorando e que os velhos preconceitos não mudaram.

 crianças nas favelas

No caso da mortalidade infantil, a ONU ressalta que os números brasileiros melhoraram muito como conseqüência de investimento no sistema público de saúde, mas que as crianças das favelas ainda correm um risco muito mais alto que as que vivem em áreas urbanizadas. O índice de desnutrição no Brasil é de 19% entre os moradores de favelas, e 5% entre os que vivem em outras áreas urbanas.

Uma de cada 8 crianças com aproximadamente dez anos que vive próxima às áreas dominadas pelo tráfico tem pais que foram assassinados por traficantes de drogas.

Apesar de perigosa, a rua é considerada uma alternativa de vida para muitas crianças.  A maioria das crianças que vivem nas ruas vem das favelas e de comunidades carentes que estão nas maiores cidades do Brasil. As favelas não dão esperança alguma de futuro para elas, devido a pobreza, falta de espaço para o lazer, de educação.

As favelas são geralmente comandadas por traficantes, que recrutam crianças a partir dos 8 anos de idade para trabalharem para eles. Provavelmente essas crianças, uma vez envolvidas com o tráfico, não chegarão à idade adulta, nem mesmo à adolescência. E para tentarem escapar dessa condição, a rua é vista como a única possibilidade de sobrevivência da criança.

Criança Esperança

Para minimizar a difícil realidade de muitos que vivem em favelas, projetos sociais dentro delas, vem buscando fazer a diferença, como iniciativas da UNICEF, com o Criança Esperança da Rede Globo, com projetos específicos nas favelas. Este ano, nas favelas Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, onde funciona o projeto social Criança Esperança, a primeira dama francesa, Carla Bruni, foi recebida por 40 crianças dessas comunidades.

Muitas crianças e jovens dizem que não é o lugar que faz a pessoa, mas a pessoa faz o lugar. Um exemplo muito claro disso é o aluno de uma escola da comunidade da Rocinha, Bruno Roberto, de 15 anos, estudante da Escola Manoel Cícero, que ficou em terceiro lugar no “Soletrando 2009”, do Programa Caldeirão do Huck”. Dentre milhares de crianças inscritas ele conseguiu um honroso e comemorado terceiro lugar dentre alunos da rede pública de todo o Brasil.

O Viva Favela (www.vivafavela.com.br) é o primeiro portal da Internet a tratar exclusivamente de assuntos de interesse da população de baixa renda. Oferece ao internauta acesso a serviços, produtos e informações voltadas para a sua realidade social, como oportunidades de emprego, diversão, cultura, esportes, saúde, educação e noticiário. Entre o diversificado conteúdo destaca-se a Revista Comunidade Viva, feita por correspondentes comunitários – repórteres e fotógrafos – moradores de favelas e bairros pobres, supervisionados por uma equipe de jornalistas profissionais.

Além do conteúdo próprio, o Viva Favela hospeda outros websites de interesse dos jovens da periferia, como sites de hip hop, funk, samba, rádios comunitárias, entre outros, incluindo sites de projetos sociais e campanhas. A estratégia do Portal é integrar os principais sites de interesse do público jovem pobre do Brasil, oferecendo hospedagem gratuita, apoio tecnológico e apoio de conteúdo, e, ao mesmo tempo, oferecer mecanismos de inclusão social e de construção de uma cultura de paz e de solidariedade.

 

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