O que existe de certo e de errado sobre as crianças com autismo

Existe muita informação errada e muitas crenças exageradas sobre o autismo infantil que devemos enterrar para que as crianças com autismo e os seus pais, nao sofram com a ignorancia dos demais. Desde Guiainfantil.com queremos responder a algumas dúvidas que existem sobre este transtorno, e para isso, contamos com a colaboración de pais e especialistas da Federação de Autismo de Madrid, España.

Mitos que existem sobre o autismo em crianças

O que existe de certo e de errado sobre crianças com autismo? A continuação, relacionamos 10 afirmações sobre o autismo infantil:

1. O autismo NÃO é uma doença. O autismo é um transtorno que afeta principalmente a 3 áreas importantes: a área da comunicación, a do comportamento e a das relações sociais.

2. As crianças com autismo nao vivem num mundo diferente ou longe de tudo. O autismo nao é escuro nem distante. As crianças com autismo nao vivem isolados. Eles só se comunicam de uma forma diferente. Nao costuma ser com palavras, mas com imagens ou pictogramas. De uma forma geral, elas nao conseguem fixar a mirada quando falam com alguém, mas isso nao significa que elas estejam em outro mundo.

3. As crianças com autismo nao ficam traumatizados se você as toca. Elas podem ser carinhosas como qualquer outra criança. Existem crianças mais e menos carinhosas que outras. O que é certo é que as habilidades sociais das crianças com autismo sao menores, mas isso nao quer dizer que elas nao possam expressar os seus sentimentos.

4. As crianças com autismo nao sao todas iguais. Nenhuma criança é igual a outra. Cada uma tem suas próprias particularidades, já que o autismo afecta a tres áreas diferentes, en distintos grados. Uma criança com autismo pode ter mais problemas de comunicación mas menos de comportamento. Outra criança com autismo pode ter mais problemas nas áreas de relameos sociais e assim por diante. O autismo é como as cores: uma mesma cor pode ter diferentes tonalidades.

5. Uma criança nasce com autismo. A origem do autismo tem um claro componente genético (mas isso nao significa que tenha que ser hereditário). Pode ser uma mutação genética antes de que o bebê nasça. Nao se sabe por que isso acontece. A criança já tem autismo desde que nasce, mesmo que só pode ser diagnostica mais tarde. Por enquanto, não se pode diagnosticar o autismo durante a gravidez. O que realmente se sabe é que nascem mais meninos que meninas com autismo. Por cada quatro meninos, nasce uma menina com autismo.

6. O Asperger é autismo. O Asperger está dentro do espectro autista, e por tanto se considera autismo. O que acontece é que tem algumas particularidades. Dentro do espectro do autismo, existem muitas tonalidades, e o Asperger é uma delas. As crianças com Asperger têm autismo em grande potencial. A capacidade de aprendizagem das crianças com Asperger pode ser muito boa, mas as suas capacidades sociais podem ser de baixo nivel.

7. As crianças com autismo se comunicam, mas de uma forma diferente. Utilizam mais as imagens, os signos, os pictogramas e alguns sons em concreto.

8. As crianças com autismo podem e devem ir ao colégio. Podem ir a colegios com modalidades especiais para niños com autismo ou a colegio ordinarios de inclusão, com aulas que oferecem apoyo e reforço educativo. Existem muitas opções para que as crianças possam ir ao colegio, ainda que nem todos os professores tenham formação adequada em relação ao autismo.

9. O autismo nao se cura com remédio. Hoje em dia nao existe cura para o autismo, nem mesmo fórmulas mágicas para eliminá-lo. O único que existe sao terapias personalizadas para melhorar a qualidade de vida das crianças com autismo e das suas respectivas famílias.

10. A doença celíaca não pode criar autismo. As crianças com autismo apresentam problemas de alimentação, mas não significa que uma tolerancia ao glúten ou à lactosa possam derivar no autismo. Não existe nenhuma demonstração científica da relação entre o gluten e o autismo. Existem sim transtornos alimentarios, porque as crianças com autismo são muito seletivos. O mesmo acontece com as demais comidas.

Fonte consultada:
- 
Laura Hijosa y José Antonio Meleno (Federación Autismo Madrid)

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