A educação de uma criança superdotada

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com

Há muitos anos, quando minha filha ainda estava na escolinha infantil, sua professora cogitou a possibilidade de que ela fosse superdotada. Meu marido e eu ficamos confusos. Pesquisamos sobre o tema e a verdade é que cruzamos os dedos para que o teste para criança superdotada, desse negativo. Ter um filho com talento diferenciado pode parecer motivo de orgulho, mas na realidade nem sempre é fiel a esse conceito. 

Os exames deram negativos. Seu nível de inteligência era alto, mas não o suficiente para que fosse considerada superdotada. Ela era, isso sim, uma criança muito bem estimulada, tanto em casa como na escola. As famílias cujos resultados deram positivo, o que devem fazer? Segundo as poucas que conheço, as preocupações superam o que é possível fazer. Os próprios pais disseram que não há muito a fazer. Que os professores e educadores, assim como as próprias escolas não estão suficientemente preparados para educar essas crianças e orientarem os pais. É possível que o orgulho que pudessem sentir tenham se convertido em preocupação, e em alguns casos, problemas. 

Em que escola eu devo levar uma criança superdotada? Como educá-la ou orientá-la? São perguntas muito comuns entre os pais de crianças superdotadas. Os superdotados como Einstein, Isaac Newton e Thomas Edson, foram taxados de incapazes e fracassados na sua infância. 

Um coeficiente intelectual (QI) superior a 130 não quer dizer que a criança já possui um ‘chip’ completo na sua cabecinha. Como as demais crianças, essa criança também necessita de uma educação e organização. Obviamente aprenderá de uma forma mais rápida, mas isso não quer dizer tão pouco que terá o controle de tudo. Ser superdotado significa se situar acima da média das pessoas em relação a alguma atividade relevante. A educação é a base e a estrutura do cérebro. Além da inteligência, os superdotados também tendem a ser mais sensíveis, criativos e intuitivos, o que também gera uma preocupação nos pais sobre o emocional dos seus filhos.  Ainda que sejam superdotadas, as crianças também necessitam de amigos, necessitam se sentirem aceitas, queridas e compreendidas. Como controlar tudo isso? Como evitar que as crianças superdotadas se isolem das demais crianças? Ou que se sintam marginalizadas ou como se fossem extraterrestres? Creio que o mais importante é equilibrar o intelectual com o emocional, é ensinar essas crianças a amadurecerem e crescerem. Não se pode obrigá-las a fazer tudo ao mesmo ritmo das outras crianças. Isso poderia gerar nelas, frustração, e, consequentemente, outros problemas psicológicos. Essas crianças até poderiam ser confundidas com crianças hiperativas. 

No Brasil são raras as escolas e colégios que sabem como orientar um aluno superdotado, assim como aos seus pais, mesmo nos grandes centros.

Vilma Medina

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