As crianças superdotadas sofrem fracasso escolar

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Por que as crianças superdotadas sofrem fracasso escolar?

Parece um paradoxo que as crianças superdotadas ou com um coeficiente intelectual superior ao normal possam apresentar problemas de aprendizagem na escola. No entanto, em 70% dos casos, as crianças superdotadas têm um baixo rendimento escolar e entre 35 e 50% sofrem fracasso escolar. 

A falta de motivação pode ser uma das causas que propiciam esse baixo rendimento escolar. Ainda que as crianças com coeficiente intelectual alto aprendam com facilidade, se o tipo de ensino não for adequado, podem fracassar e apresentar um baixo rendimento escolar. Além disso, também podem aparecer problemas de sociabilidade, sobretudo diante da falta de modelos sociais com os quais a criança possa se identificar. 

Por que as crianças superdotadas sofrem fracasso escolar?

É muito importante avaliar os fatores emocionais que moldam a condição de criança superdotada. Algumas das características que as crianças superdotadas podem apresentar podem ser: intensidade e sensibilidade emocional, autoconsciência, autocrítica, empatia, paixão, autoexigência, e perfeccionismo. No entanto, com frequência, podem ser emocionalmente instáveis, em algumas ocasiões introvertidas ou pelo contrário, ter grande capacidade de liderança. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como pessoa superdotada, aquela que conta com um coeficiente intelectual (QI – coeficiente de inteligência) superior a 130. Estima-se que 2% da população seja superdotada, mas existem mais de 98% de casos sem serem diagnosticados. Geralmente são os pais os primeiros a notar a superioridade intelectual dos seus filhos, ainda que o diagnóstico possa demorar.

No Brasil, de acordo com estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3,5% até 5% das pessoas são superdotadas.

O motivo é que antes dos três anos de idade, a alta capacidade da criança pode ser confundida com atitudes precoces. A partir dos quatro anos e concretamente entre os 4 e 7 anos é quando os pediatras têm argumentos para estabelecer um diagnóstico confiável. Segundo os dados de um informe elaborado pelo Centro de Investigação e Documentação Educativa do Ministério de Educação e Cultura, na Espanha, existe cerca de 300.000 alunos superdotados, denominação que na Lei Orgânica da Educação de 2006 foi substituída por ‘Alunos de Altas Capacidades’. Os pediatras da Associação Espanhola de Pediatria (AEP) insistem na importância de tomar as medidas educativas necessárias e de informar aos pais de como colaborar, já que essas crianças superdotadas melhoram rapidamente se seguirem diretrizes apropriadas. 

Marisol Nuevo

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