Hipotireoidismo na gravidez

Quando o hipotireoidismo não está diagnosticado na gravidez pode ser causa de aborto

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. O hipotireoidismo é mais frequente em mulheres jovens
  2. Diagnóstico e tratamento do hipotireoidismo na gravidez

O hipotireoidismo na gravidez pode ser causa de aborto, mas se uma mulher com essa doença segue o seu tratamento durante a gravidez, ela pode chegar até o fim com normalidade. O problema surge na gravidez em que a mulher não sabe que tem hipotireoidismo. 

Durante a gravidez, exige-se da glândula tireóide um sobreesforço, que é de 50% superior. O diagnóstico deve ser feito com exames de laboratório e ecografia, já que os sintomas da gravidez como o cansaço e a fadiga podem ser confundidos com os do hipotireoidismo. 

O hipotireoidismo é mais frequente em mulheres jovens

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As mulheres jovens na idade de engravidar são um grupo de risco do hipotireoidismo, que é um quadro caracterizado por uma diminuição da produção do hormônio tireoidal (tiroxina), segregada pela glândula tireóide. Aproximadamente 1 de cada 100 mulheres em idade fértil tem hipotireoidismo e o risco de desenvolvê-lo com o avanço da idade. 

A diminuição ou carência de iodo se deve geralmente a uma ingestão deficiente deste mineral ou a uma falta de capacidade da glândula tireóide para aproveitar o iodo da alimentação. 

Diagnóstico e tratamento do hipotireoidismo na gravidez

Seria ideal que todas as mulheres controlassem o estado da sua tireóide antes de engravidar para evitar um possível aborto. Uma simples análise de sangue destinada a medir os níveis do hormônio tireoidiano (tiroxina, ou T4) e do TSH sérico (hormônio estimulante da tireóide) pode detectar essa doença. 

A maior dificuldade em diagnosticar o hipotireoidismo na gravidez é que os sintomas são, com frequência, confundidos com os da própria gravidez. O cansaço, o aumento de peso e a menstruação irregular são alguns dos sintomas próprios do hipotireoidismo, e são comuns na gravidez. Essa é a razão porque pode passar despercebido. 

No entanto, outros sintomas, como, por exemplo, voz rouca, lentidão ao falar, queda de cabelo, cabelo ressecado, grosso e disperso, pele seca, grossa e áspera, dor e adormecimento das mãos (síndrome do túnel do carpo), pulso lento, câimbras musculares, confusão, plantas dos pés e palmas das mãos alaranjadas, prisão de ventre, inchaço no rosto, pálpebra caída e expressão facial de aborrecimento podem ‘delatar’ a doença.  

Portanto, parece justificado realizar um estudo sistemático (screening) de hipotireoidismo a todas as gestantes para investigar a possível existência de uma tireoidite de Hashimoto e de um hipotireoidismo. 

O tratamento básico consiste em ampliar a dose de L-Tiroxina para chegar aos requerimentos que a gravidez pede. A dose que deve ser administrada é particular para cada caso, já que se estabelece em relação aos níveis de hormônios tireoidianos. Este tratamento não apresenta nenhum risco para a saúde da mãe e do bebê. Só é preciso realizar controles periódicos dos níveis hormonais durante a gravidez para ajustar corretamente a dose de L-Tiroxina, já que exceder-se na dose pode dar lugar a um hipertireoidismo (excesso de hormônio tireoidiano). 

Marisol Nuevo

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