Gravidez e medicamentos

A gestante pode tomar alguns remédios durante a gravidez?

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Uso de remédios durante a gravidez
  2. Casos em que os médicos receitam medicamentos 

Basta pegar qualquer bula de qualquer medicamento para ver na legenda: “contraindicado na gravidez e durante o aleitamento”. A recomendação geral, portanto, durante os nove meses da gravidez é não tomar medicamentos. Esse conselho nem sempre é seguido e aproximadamente 80% das gestantes consomem algum remédio sem prescrição médica durante a gravidez.

Uso de remédios durante a gravidez

O motivo principal para desaconselhar o uso de medicamentos na gravidez é que os remédios chegam ao feto através da placenta, da mesma maneira que passam as vitaminas e os nutrientes quando se alimentam. Os remédios podem afetar ao bebê causando-lhe lesões ou anomalias no desenvolvimento, inclusive, em algumas ocasiões em que se abusa de certos medicamentos, podendo causar a morte do bebê. Os remédios também podem provocar que chegue menos oxigênio ao bebê, porque alguns medicamentos provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos.

Os medicamentos causam maiores males ao feto quanto mais cedo é a semana de gestação, já que os órgãos do feto estão se formando e podem produzir uma grave malformação, inclusive provocar um aborto. Portanto, o período de maior perigo é o primeiro trimestre de gravidez. Os remédios tomados quando os principais órgãos do bebê estão se desenvolvendo não produzirão malformações congênitas, mas sim podem afetar o crescimento dos órgãos. 

No caso de estar planejando uma gravidez também se deve abandonar a ingestão de medicamentos. No caso de estar medicada por alguma doença, a mulher deverá realizar uma consulta pré-natal para que o ginecologista avalie se deve continuar com o tratamento ou não. É conveniente consultar o médico, inclusive em situações leves como um simples catarro, para saber se é possível tomar alguma medicação. Evitar a automedicação durante a gestação inclusive para pequenas doenças é fundamental. O médico prescreverá a medicação adequada para cada caso. 

Casos em que os médicos receitam medicamentos 

O incômodo mais comum para gestantes que podem necessitar de algum medicamento são as náuseas e vômitos. Nessas situações podem prescrever antieméticos, remédios que impedem o vômito. 

A prisão de ventre é outra doença muito comum entre as gestantes, inclusive os suplementos de ferro contribuem para o trânsito intestinal mais lento. Não é normal que os médicos receitem laxantes, só o fazem no caso da gestante realize uma dieta rica em fibra e não consiga aliviar a prisão de ventre. 

Durante as quarenta semanas de gestação, é normal viver algum episódio de catarro e que a grávida solicite algum medicamento para aliviar os sintomas. Para tratar o resfriado na gravidez, os médicos recomendam não administrar associações de medicamentos e só tomar paracetamol em caso de necessidade. O analgésico e antipirético durante a gravidez que os médicos aconselham, sempre receitados por eles e avaliando cada caso é o paracetamol, já que se dispõe de uma ampla experiência sem efeitos adversos para o feto. 

Por outro lado, entre os medicamentos que são prejudiciais e que raramente prescreverão a uma gestante são entre outros: aspirinas, ansiolíticos, antibióticos, anfetaminas, antidepressivos, barbitúricos ou diuréticos. 

A gravidez é um período em que pode ser necessário tomar algum remédio, já que o efeito da doença pode ser mais prejudicial para a mãe e o feto do que o próprio medicamento em si. Mas é o médico que deve avaliar cada caso evitando o uso indevido dos medicamentos por parte das mulheres grávidas. 

Fontes consultadas:

Sociedad Española de Ginecología y Obstetricia (SEGO)

Escuela Andaluza de Salud Pública (EASP)

Organización Mundial de la Salud (OMS)

Alba Caraballo

Editora de Guiainfantil.com

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