Conto infantil a favor da tolerância: O orelhudo

Como ensinar o seu filho a ser tolerante com os contos

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Não se deve rir dos demais
  2. Henry ajuda aos amigos

Contos infantis, relatos e histórias para bebés e crianças para incutir e educar com a Tolerância. Conta esse conto de 'O orelhudo' para o seu filho.

Através dos contos, as crianças podem aprender a respeitar os outros, sobretudo aqueles que são diferentes deles, que pensam de maneira diferente ou que têm crenças diferentes.

Um conto para educar a crianças tolerantes

Era seu segundo dia de aula. Henry se sentou na primeira carteira da sala, ao lado da janela, como lhe recomendou sua mamãe. A professora de nome Mily, entrou na sala e lhes disse:

- Bom dia. Hoje vamos estudar alguns animais. Começaremos pelo asno, esse animal tão útil à humanidade, forte, de orelhas grandes...

'É igual a Henry', interrompeu uma voz que saía do fundo da sala.

Muitas crianças começaram a rir muito e olhavam para Henry. 

'Quem disse isso?' Perguntou a professora, ainda que sabia bem quem havia dito isso.

'Foi Quique', disse uma menina, apontando para o lado em direção a um menino sardento de cinco anos.

Não se deve rir dos demais

'Crianças, crianças', disse Mily com voz enérgica e com cara de irritação:

- Não devem zombar dos demais. Isso não é bom e não vou permitir isso em minha sala.

Todos ficaram em silêncio, mas ainda se ouvia algumas risadinhas.

Um tempo depois, uma bola de papel pegou na cabeça de Tomaz. Ao olhar para trás, não viu quem havia jogado, e novamente muitos riram-se dele. Decidiu não fazer caso às zombarias e continuou olhando as fotos de animais que a professora mostrava. Estava muito triste, mas não chorou.

No recreio Henry abriu sua lancheira e começou a comer o delicioso lanche que sua mamãe havia-lhe preparado. Duas crianças que estavam por perto gritaram:

- Orelhudo, olhe o orelhudo, não coma tanto que vai sair um rabo como um asno.

E começaram a rir. Outras crianças ao seu redor olharam para ele e tocando suas próprias orelhas, riam-se e murmuravam. Henry, entendeu pela primeira vez, que de verdade havia nascido com suas orelhas um pouco mais grandes. 'Como seu avô Manuel', havia ouvido dizer seu papai certa vez.

Henry ajuda aos amigos

Logo se escutaram gritos no salão de música, de onde saía muita fumaça. Henry aproximou-se e viu muitas crianças fechadas sem poder sair, pois alguma criança travessa havia colocado um cabo de vassoura nos trincos.

Através dos vidros, podia-se ver os rostos dos pequenos chorando, gritando e muito assustados. Em pouco tempo as chamas cresciam e começava a queimar alguns objetos e móveis. Os professores não haviam-se dado conta do perigo, e nenhum dos alunos se atrevia a fazer nada.

Henry, sem duvidar um segundo, deixou sua lancheira e correu até a porta da sala e apesar do calor que saía, agarrou o cabo de vassoura que travava a porta e o tirou com força. As crianças saíram depressa e todos se salvaram.

Henry tornou-se um herói. Todos elogiaram sua coragem. As crianças que haviam zombado dele estavam envergonhadas.

Em casa, Henry contou tudo o que sucedeu à sua família, e todos ficaram orgulhosos dele. No dia seguinte, nenhuma criança zombou de Henry. Haviam entendido que as diferenças físicas entre um e outro nao eram o mais importante, e sim a atitude. O valor de Henry ao salvar seus companheiros era mais valioso e digno de se admirar.

(Conto enviado por Álvaro Jurado Nieto, Colômbia)

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