A necessidade de ensinar a criança a nadar

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Ensinar a criança a nadar: uma obsessão para os pais

Um dos meus temores mais obsessivos é que eu me distraia dos meus filhos e possam se afogar na piscina. De vez em quando até sonho com isso! Eu me desespero muito em perdê-los de vista na praia cheia ou quando fico conversando.

Aprender a nadar é uma verdadeira necessidade para as crianças. É um seguro de vida que nos tranquiliza diante de uma das delícias do verão: brincar na água com as crianças.

Ensinar a criança a nadar: uma obsessão para os pais

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A melhor opção é a possibilidade de que as crianças se familiarizem com a água desde muito pequenas. Algumas nos surpreendem quando com apenas alguns meses conseguem mergulhar prendendo a respiração compartilhando de um delicioso banho com seus papais. Para os bebês são muitos os benefícios, já que a natação melhora suas capacidades cardiorrespiratórias, favorece a postura e beneficia a coordenação muscular e a capacidade sensorial, ainda que também possam ser mais suscetíveis a catarros, otites e resfriamentos

Eu me lembro de ter aprendido a nadar sozinha, e reconheço que a minha técnica não era muito apurada. No início eu ia agarradinha na minha bóia, mas logo senti a necessidade de percorrer pequenos espaços sempre próximos da borda da piscina para me agarrar. Foi um aprendizado sem traumas, mas ainda depois de adulta ainda não consegui conter a respiração quando estou submergida. 

Tenho escutado testemunhos de amigos aonde o seu aprendizado supôs uma pavorosa experiência, quando decidiram lançar a criança para que mergulhasse e finalmente tiveram que tirá-la quase se afogando. O temor da criança em se afogar impede o aprendizado, por isso devem-se evitar estes métodos bruscos, ainda que com uma ou outra criança tenha funcionado. Os bebês de menos de um ano se adaptam mais rapidamente à água do que as crianças maiores.

Quanto mais tempo a criança fique afastada da água é mais provável que desperte nela um sentimento de insegurança e desconfiança dentro da água, por isso os pais têm que animá-los desde pequenos a compartilhar momentos gratificantes dentro da água. Se a criança gosta de estar na água e desfrutar de brincar dentro dela, o aprendizado levará menos tempo. 

Já existem muitos papais que confiam esta tarefa aos profissionais em escolas de natação, ainda que nós mesmos possamos ensinar nossos filhos através de bóias, tábuas ou outros objetos flutuantes, que inicialmente os proporcionem segurança. Enquanto o aprendizado dure, não podemos perder o nosso filho de vista. É importante que a criança aprenda a enfiar a cabeça embaixo d’água para aprender a prender a respiração e não sentir desespero diante da possibilidade de que a água cubra o seu rosto. Saber nadar vai aumentar a autonomia dos nossos filhos, confiança e adaptação, e essa brincadeira será extremamente prazerosa pra eles. Para os papais isso vai implicar em um suspiro de satisfação e uma menor preocupação pela sua segurança, já que no verão os afogamentos são causas frequentes de morte, especialmente em crianças menores de cinco anos. 

Patro Gabaldón

Redatora de Guiainfantil.com

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