É bom estimular a fantasia dos nossos filhos?

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. A fantasia e a criatividade das crianças

Há alguns dias, durante as festas na nossa cidade, minha filha me perguntou: ‘mamãe, para onde vão os balões quando escapam das mãos das crianças? Não demorou nada e ela mesma respondeu, feliz em ter dado a explicação ao enigma: ‘Há! Já sei, os balões vão para o céu, ao fim do mundo, para Deus poder brincar com eles’.

Minha resposta seria muito mais prática e menos imaginativa que a sua. Provavelmente eu lhe responderia uma frase do tipo: ‘os balões sobem e sobem até que a pressão do ar o faça cair’. Depois de ouvir sua resposta sorri e pensei que seria melhor incentivar suas fantasias. As crianças amam as histórias inventadas

A fantasia e a criatividade das crianças

Em geral, a gente vai dando respostas aos nossos filhos, normas de comportamento e conhecimentos para que possam se guiar pela vida sem dificuldade e conhecer o meio em que vivem. Se nosso filho nos pergunta que cor sai se mesclamos o vermelho e o amarelo, o normal e mais conveniente que responderíamos seria laranja e não qualquer besteira. Mas nunca passou pela sua cabeça que parece que eles buscam respostas para um mundo criado por eles, um mundo repleto de fantasias? Suas pequenas mentes nem sempre estarão maduras o suficiente para entender aspectos reais da vida, mas sempre estarão dispostas e esperando novas histórias fantásticas. 

De vez em quando se torna delicioso ler narrações, contar contos improvisados ou inventar soluções cabeludas para fazê-los rir e passar um momento divertido, imaginando juntos. Eu me pergunto como as crianças podem ter essa fé cega de que o Ratinho Pérez leva seus dentinhos, nos Reis Magos, os duendes, as fadas, os dragões...? Eu me encanto como as crianças buscam uma explicação para as coisas mais inverossímeis e como empregam certa lógica para poder seguir acreditando naquilo que desperta sua fantasia e sua criatividade, inclusive quando surgem dúvidas razoáveis. Por que não deixá-las que tenham essas fantasias, se no final das contas, somos nós mesmos que iniciamos através dos contos que lhes contamos, das tradições e das histórias inventadas que lhes transmitimos?  

Essa etapa de imaginação e fantasia durará poucos anos da sua infância, não muito até os oito anos. Poder entrar no seu mundo nos permitirá conectarmos com ela, como se descêssemos ao seu mundinho e não tentássemos que ela entendesse o nosso mundo. Imaginar com as crianças pode levá-las a descobrir a realidade e pode ser para ambos um grande momento de reflexão e de entretenimento e a gente poderá desvendar o descobrimento do tesouro das suas emoções, seus medos, suas inquietações e seus pequenos segredos. 

Patro Gabaldon

Redatora de GuiaInfantil.com

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