Como criar o vínculo com crianças em uma adoção

Normas para construir o vínculo em crianças adotadas de acordo com a sua idade

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Como construir o vínculo na adoção com um bebê
  2. Como construir o vínculo na adoção com uma criança mais velha

Um acontecimento que pode preocupar muito aos pais que adotam é a criação do vínculo, ou seja, estabelecer uma relação firme e segura com a criança que a faça confiar de forma sincera que você sempre estará ali e que nunca vai abandoná-la.

Um dos fatores mais determinantes na hora de estabelecer esse vínculo é a idade da criança, já que não é a mesma coisa um bebê do que uma criança maior que já tem uma memória consciente das rupturas de outros vínculos ou de outras relações que ela pensava serem seguras.

Como construir o vínculo na adoção com um bebê

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Quando a criança que adotamos é um bebê, o primeiro passo pode ser fácil, porque os cuidados e as atenções que ele necessita fazem com que a criança se vincule mais rapidamente com a mãe. O bebê não pode falar para pedir coisas ou para se expressar, mas isso não significa que não venha a ter um processo de assimilar essa ruptura e o novo vínculo. 

Que momento é esse? Pois haverá vários: quando outras crianças nascerem, quando se celebrar o dia do pai ou da mãe, quando tiver que fazer uma árvore genealógica na sala de aula ou na adolescência. Esse momento de crise em que todas as crianças enfrentam em mudanças corporais, hormonais e começam a buscar a si mesmas para se definirem. É o momento em que sua personalidade é formada e quando a criança adotada começa a se perguntar com quem se parece, quais são as suas características, e, sobretudo onde estão as suas origens, por que a abandonaram e toda essa frustração vai se transformar em tensões nas suas relações e é quando os pais devem saber como reagir nessa hora. 

Como construir o vínculo na adoção com uma criança mais velha

Quando a criança que é adotada, já não é um bebê e é consciente do processo, e sabe que vai ter uma nova família, ela tem consciência que seus pais biológicos não vão poder atendê-la corretamente. Pode ser que tenha sido vítima consciente de cuidados negligentes ou vexações e pode ser que a criança tenha passado por outros centros ou creches, o que se traduz em uma longa série de perdas e de novas adaptações, o que faz com que a criança seja insegura e medrosa de que voltem a abandoná-la.

Quando acontece uma adoção, os primeiros momentos parecem ser perfeitos: a criança necessita ser amada e se comportará como o filho ideal, mas de maneira forçada. No momento em que comece a se sentir realmente como parte da família, será quando você comece a ver comportamentos não tão ideais como você gostaria: a criança te desobedecerá, vai te colocar à prova, te provocará diante de familiares e amigos...

Tudo isso, que faz você sair da sua zona de conforto e até mesmo se desesperar, significa que o vínculo está sendo criado corretamente porque a criança está relaxando e vai permitir que você entre nesse compartimento tão íntimo dela. É um exercício de paciência, perseverança e calma. Você deve levar todo o processo com muitas tranquilidade, serenidade e não entrar em provocações.

 Ana María Linares

Psicóloga especializada em adoções

Clínica Atama Integral

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