Consequências da Síndrome de Alienação Parental nas crianças

Danos que a rejeição parental causa nas crianças

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Danos que a Síndrome de Alienação Parental provoca nas crianças
  2. Que transtornos na conduta da criança causam a Síndrome de Alienação Parental
  3. Níveis de intensidade na rejeição por parte das crianças 
  4. Conselhos dos especialistas em relação ao SAP 

A Síndrome de Alienação Parental se baseia em uma campanha de descrédito em respeito ao progenitor alienado. Às vezes, o alienante é consciente dos atos que realiza, mas com frequência ele não é plenamente consciente de como está produzindo um dano psicológico e emocional nos seus filhos, nem das consequências que pode ter em curto prazo neles. 

Segundo alguns especialistas, estas crianças podem sofrer perturbações e disfunções devido a que seus próprios processos de raciocínio têm sido interrompidos ou coagidos. 

Danos que a Síndrome de Alienação Parental provoca nas crianças

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Estas são algumas das consequências de manipular as crianças mediante a Síndrome de Alienação Parental: 

- Transtornos de ansiedade: respiração acelerada, rubor da pele, sudoração, elevação do tom de voz, tremores e perturbação emocional são alguns dos sintomas do estresse que algumas dessas crianças manifestam no momento das visitas com o progenitor rejeitado. 

- Transtornos no sono e na alimentação: pesadelos, problemas para conciliar o sono ou manter o sono e transtornos alimentares derivados da situação em que vivem e não sabem enfrentar são outros dos efeitos que essa síndrome pode causar nas crianças. 

Que transtornos na conduta da criança causam a Síndrome de Alienação Parental

- Conduta agressiva, quando as visitas se tornam impossíveis, as condutas agressivas podem ser verbais como insultos, ou inclusive físicas, tendo que frear a situação. 

- Comportamento de evitação, que pode se transformar em somatização de tipo ansioso que a torna predisposta a não querer ver a parte alienada e como consequência impedir a visita. 

- Dependência emocional, quando sente medo de ser abandonada pelo progenitor com quem convive, já que sabe, e assim o sente, que o seu carinho e amor estão condicionados. Tem que odiar um para ser amado e aceito pelo outro. 

- Dificuldades em expressar e compreender as emoções. Pode expressar suas emoções se concentrando excessivamente em aspectos negativos. Carece de capacidade empática e mantém uma atitude rígida diante dos diferentes pontos de vista que ofereça o progenitor rejeitado. 

Níveis de intensidade na rejeição por parte das crianças 

Após o processo de separação pode aparecer uma rejeição dos filhos em relação a um dos progenitores. A rejeição primária se produzirá como uma reação imediata à ruptura do casal e a secundária aparece em separações mais lentamente produzidas. A existência de rejeição a um dos progenitores vai implicar no aparecimento de conflitos no desenvolvimento do regime de visitas. Diante dessa situação, um dos progenitores, normalmente o rejeitado, levará ao conhecimento do órgão judicial a situação e produzirá um aumento ainda maior da rejeição. 

Quando a SAP entra em contato com o sistema legal se converte numa Síndrome Jurídico Familiar, onde se desencadeiam acusações, buscas de explicações e atitudes que faz com que a instância judicial se converta no cenário do problema. A rejeição pode aparecer imediatamente após a ruptura ou em períodos posteriores, ou seja, anos depois, geralmente associado a momentos específicos do novo ciclo evolutivo familiar. A rejeição pode ser leve, moderada e intensa:  

- A rejeição leve se caracteriza pelo desagrado na relação com o pai o a mãe. Não existe evitação e a relação não se interrompe. 

- A rejeição moderada se mede pelo desejo de não ver ao pai ou à mãe. A criança nega todo o afeto dele e evita sua presença. A rejeição se generaliza no meio familiar e social. A relação se mantém por obrigação ou se interrompe. 

- A rejeição intensa adquire características fóbicas com fortes mecanismos de evitação. Pode aparecer sintomatologia psicossomática associada

Conselhos dos especialistas em relação ao SAP 

Diante da presença dessa sintomatologia, os especialistas acreditam que é aconselhável que os menores continuem tendo relação com o progenitor alienado, e assim evitar que se suspenda o regime de visitas. Durante essas visitas, o progenitor alienado deve evitar fazer reprovações ou dar respostas que favoreçam a manutenção da SAP. Pelo contrário, ele deve se esforçar em criar um ambiente lúdico nas visitas, buscando atividades que sejam do agrado das crianças. 

Marisol Nuevo

Redatora de Guiainfantil.com

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