A Endometriose e a Infertilidade

O que é a endometriose e como pode afetar a fertilidade da mulher

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Relação da Endometriose e infertilidade
  2. Regras abundantes ou ciclos curtos
  3. Uma evolução imprevisível da endometriose
  4. Sintomas variáveis da endometriose

A endometriose é uma doença benigna que pode afetar as mulheres durante sua vida reprodutiva. Pode aparecer pela primeira vez no seu primeiro ciclo menstrual e durar, algumas vezes, até depois da menopausa. Essa doença pode afetar a uma mulher na sua capacidade para ter filhos e nas relações com seu parceiro.

Relação da Endometriose e infertilidade

A endometriose na mulher

Para entender o que é a endometriose é preciso conhecer como funciona o endométrio no útero da mulher. A cada mês, o revestimento do útero cresce se preparando para a gravidez. Quando uma mulher não engravida, o revestimento do útero afina e a mulher sangra durante a menstruação.  

Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.

Endometriose é uma inflamação provocada por células do endométrio que, ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e sangrar.

Quando uma mulher tem endometriose, esse tecido também cresce fora do útero, ou seja, nos ovários, nos intestinos, na bexiga e em casos raros, as áreas com endometriose também podem crescer nos pulmões ou em outras áreas do corpo. 

Esses tecidos ou tumores, que estão fora do útero, também são afetados pelo ciclo menstrual mensal, e como o sangue não encontra saída, se desenvolve uma inflamação. Esses tumores são benignos (não cancerosos) e raramente se relacionam com o câncer. Os tumores podem causar dor de leve a severa, infertilidade (a mulher não consegue engravidar) e períodos menstruais abundantes. 

Regras abundantes ou ciclos curtos

Ainda se desconhece porque o endométrio se situa fora do útero e o tecido incorretamente desenvolvido é capaz de se alojar em qualquer lugar do abdômen, inclusive em lugares mais raros como no umbigo ou nos pulmões. 

As placas que se formam se chamam implantes quando são pequenas, nódulos quando são maiores e endometriomas quando se formam cistos nos ovários. O risco de endometriose aumenta quando as regras duram muito tempo ou os ciclos são mais curtos.

No entanto, também existem fatores genéticos ou tóxicos, como por exemplo, a dioxina, que predispõe à endometriose. A dioxina é um produto de processos industriais de fabricação de pesticidas e da incineração de lixo. Segundo especialistas, a contaminação do ser humano pode acontecer através da ingestão de carnes, leites e derivados.  

Uma evolução imprevisível da endometriose

A endometriose segue um processo de evolução imprevisível. Algumas mulheres apresentam pequenos implantes, que não se modificam com o decorrer dos anos, enquanto que outras desenvolvem grandes áreas dentro da pélvis. Essa doença é inflamatória e ocasiona aderências, ou seja, pontes de tecido, responsáveis pela aderência dos órgãos entre eles.

Sintomas variáveis da endometriose

Em alguns casos, a mulher com endometriose não sofre nenhum sintoma e o diagnóstico é casual ao operá-la por outros motivos. Em outros, a irritação interna do abdômen e as aderências são os motivos de fortes dores menstruais, dor nas relações sexuais, menstruações mais abundantes, dor com a defecação ou problemas de infertilidade. Sua intensidade e frequência dependerão de cada caso, podendo apresentar um ou vários sintomas. 

Marisol Nuevo. Redatora

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