O contágio da raiva em crianças

Sintomas e características da doença da raiva na infância

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Riscos de contágio da raiva em crianças por animais domésticos
  2. Risco de contágio da raiva por animais selvagens 

'Um cachorro mordeu ao meu filho e eu o trouxe para vaciná-lo contra a raiva’. Sem dúvida é uma frase que muitos pediatras estão cansados de escutar. Este medo popular somado à presença de uma ferida faz com que a consulta adquira certo grau de urgência, com importante nervosismo e preocupação por parte dos pais.

No entanto, na Espanha não existe nenhum caso confirmado de raiva transmitida por um animal de origem espanhola desde 1975. Acontece sim de pessoas em muitos outros países. Em todo o caso, quando recebem tratamento preventivo com a vacina não desenvolvem a doença. 

Riscos de contágio da raiva em crianças por animais domésticos

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A raiva é uma doença infecciosa que ataca principalmente o sistema nervoso central. Causa encefalite e tem uma altíssima taxa de mortalidade. 

No caso de uma mordida de um animal contaminado o risco de transmissão, inclusive sem administração posterior da vacina é de aproximadamente 20%. Além disso, a irrigação adequada dos ferimentos reduz o risco de contágio em até 90%. No entanto, em caso de desenvolver raiva, a mortalidade é de 100%, uma vez que não existe tratamento para a doença. Daí a justificativa do excessivo temor por parte dos pais. 

A vacina da raiva em cachorros é obrigatória. No caso de uma mordida de um animal doméstico bem vacinado não se deve administrar nenhuma vacina em crianças, fundamentalmente porque se trata de um tratamento bastante seguro, mas não isento de riscos. 

No caso de uma mordida de um animal não vacinado é conveniente a observação por um veterinário durante os 10 dias seguintes e administrar a vacina à vítima no caso em que o animal desenvolvesse algum sintoma compatível com a raiva. 

Risco de contágio da raiva por animais selvagens 

No caso de mordidas de cachorros e gatos selvagens, raposas ou, sobretudo morcegos, a vacina deve ser administrada. Especial cuidado deve-se ter com os morcegos. Os morcegos raramente vão entrar numa casa durante o dia, já que preferem voar ao ar livre e de noite. Nesses casos se deve ter um cuidado especial porque essa atitude por parte do animal pode ser devido a uma desorientação, ou a busca de um lugar de proteção. Em ambos os casos compatíveis com a raiva. 

Depois de uma mordida, a última coisa que devemos pensar é na raiva. Há que lavar bem a ferida e consultar ao pediatra, e somente em caso de animais selvagens ou não vacinados perguntarem pela raiva sabendo que se trata de uma doença excepcional em diversos países. 

Roi Piñeiro Pérez

Pediatra

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