Consequências da violência escolar

As consequências do bullying tanto para a vítima como para o agressor

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Consequência da violência escolar para a vítima
  2. Consequência da violência escolar para o agressor

O bullying não está ligado a distinções sociais ou de sexo. Apesar da crença que os centros escolares situados em zonas menos favorecidas são por definição mais conflitivos, o certo é que o bullying faz-se presente em quase qualquer contexto.

Em relação ao sexo, tão pouco apresenta diferenças, a menos no que diz respeito às vítimas, posto que no perfil do agressor, há predominância dos homens.

Consequência da violência escolar para a vítima

Consequencias do bullying escolar para as crianças

As consequências da violência escolar são muitas e profundas. Para a vítima da violência, as consequências se notam em uma evidente baixa auto-estima, atitudes passivas, transtornos emocionais, problemas psicossomáticos, depressão, ansiedade, pensamentos suicidas, etc.

Somando-se a isso, a perda de interesse pelas questões relativas aos estudos, o qual pode desencadear uma situação de fracasso escolar, assim como o aparecimento de transtornos fóbicos de difícil resolução.

Pode-se detectar a uma vítima de violência escolar por apresentar um constante aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito, por faltar frequentemente e ter medo das aulas, ou por ter baixo rendimento escolar. Além disso, também atinge o plano físico, apresentando dificuldade para conciliar o sono, dores no estômago, no peito, dores de cabeça, náuseas e vômitos, choro constante, etc.

No entanto, isso não quer dizer que todas as crianças que apresentam esse quadro estejam sofrendo violência escolar. Antes de dar um diagnóstico ao problema, é necessário que antes se investigue e se observe mais a criança.

Consequência da violência escolar para o agressor

Quanto aos efeitos do bullying sobre os próprios agressores, alguns estudos indicam que estes podem encontrar-se “às portas das condutas criminais”. Também os espectadores, a massa silenciosa de companheiros que, de um modo ou de outro, sentem-se amedrontados pela violência que testemunham, são afetados, podendo provocar certa sensação de que nenhum esforço vale a pena na construção de relações positivas.

Para o agressor, o bullying dificulta a convivência com as demais crianças, e o faz agir de forma autoritária e violenta, chegando em muitos casos a converter-se em um deliquente. Normalmente, o agressor se comporta de uma forma irritada, impulsiva e intolerante. Não sabem perder, necessitam impor-se através do poder, da força e ameaça, metem-se em discussões, pegam o material do seu colega sem o seu consentimento, e exteriorizam constantemente uma autoridade exagerada.

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