O maior uso de tablets e videogames: piores notas escolares

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. O abuso da nova tecnologia afeta o rendimento escolar das crianças

É um fato que nossos filhos convivam com tablets, smartphones e computadores desde as suas primeiras etapas de crescimento. Não há escapatória, e na realidade tão pouco tem porque havê-la. Em definitivo, bem utilizado, pode ser uma excelente via para aprender. Mas, o que acontece quando esse novo uso não se dá adequadamente? Especialistas da Universidade de Cambridge tem isso muito claro. As crianças que passam muito tempo do dia diante de uma dessas telas tiram notas piores

O abuso da nova tecnologia afeta o rendimento escolar das crianças

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A revista International Journal of Behavorial Nutrition and Physical acaba de publicar um novo trabalho em que se expõe que o rendimento escolar se vê prejudicado nas crianças que passam muito tempo assistindo a televisão ou brincando com videogames, tablets ou smartphones.

Além do fracasso escolar e notas piores, outros transtornos associados ao abuso das telas que foram detectados: falta de sono, obesidade e os comportamentos agressivos, já que imitam determinados programas de televisão ou videogames. 

O professor Kirsten Corder, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, analisou um grupo de 845 alunos com uma média de 14,5 anos. Durante o tempo que estavam sentados, os rapazes passavam uma média de quatro horas por dia assistindo televisão, jogando videogame ou manejando o tablet ou o smartphone. No entanto, o tempo recomendado que uma criança deva passar diante de qualquer tela não deve exceder as 2 horas, e se for uma criança de dois anos, não deve investir tempo algum nisso

Os pesquisadores desse estudo afirmam que ‘cada hora investida nas telas estão associadas a 9,3 pontos menos nas conquistas acadêmicas durante a educação secundária’. Portanto, as duas horas extras que detectaram que passavam a mais, os alunos estudados implicavam na perda de 18 pontos. 

No entanto, aquelas crianças que dedicavam mais tempo em ler ou em realizar tarefas da escola ao invés de utilizar as telas, obtinham melhores pontuações escolares. Por quê? Através de brincadeiras e jogos tradicionais de construção, quebra-cabeça ou da leitura, estimula-se mais positivamente a capacidade de atenção da criança e se potencializa o desenvolvimento cognitivo. No entanto, sentar-se diante de uma tela não estimula esta faceta da criança da mesma maneira. 

Os autores do estudo recomendam aos pais de crianças em qualquer etapa do desenvolvimento que limitem o uso da tecnologia. Não se trata de demonizá-la, já que nossos filhos são ‘nativos digitais’, mas sim de controlar o uso e o tempo que se investe nisso. 

Alba Caraballo

Editora de GuiaInfantil.com

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