Demasiados estímulos enlouquecem nossos filhos
Você se lembra quando alguns botões serviam para jogar emocionantes partidas de futebol? Ou um pedaço de giz era um elemento indispensável para descer para o parque e brincar de amarelinha? A gente não tinha computadores, nem tablets, nem celulares... E brincávamos felizes!
Nossos pais e avós nos diziam que tínhamos mais do que necessitávamos e que eles, quando eram pequenos não tinham muitas coisas. É comum pensar que as novas gerações têm tudo mais fácil, no entanto, nesses tempos existe uma coisa certa: as crianças recebem demasiados estímulos.
As crianças hoje em dia estão recebendo estímulos demais
O mundo da infância tem sido afetado pelos tempos que vivemos, em que sair de casa sem um smartphone é como sair sem sapatos, ou nosso contato com amigos é virtual. E, ao final, toda a voragem tecnológica e as oportunidades que estão ao nosso alcance têm um impacto sobre os nossos filhos e faz com que estejam com estímulos e informações demais, porque:
- O tablet é o companheiro indispensável de muitas crianças.
- A televisão é um membro a mais na família. A oferta de inúmeros canais permite que possam estar pulando de um canal para outro sem parar de ver programas para as crianças.
- A agenda dos nossos filhos está repleta de atividades extraescolares: inglês, esportes, música, pintura...
- O número de brinquedos que temos em casa é tanto que não existe lugar para a chateação.
O dia a dia dos nossos filhos está repleto de estímulos visuais, físicos e sonoros. Recebem tal quantidade de informação que é impossível que a canalizem e consigam organizar e gerar seus próprios pensamentos ou sua própria forma de ver as coisas.
Segundo especialista, todo este excesso só conduz as crianças a que:
- Não possam se concentrar em um jogo ou atividade porque logo em seguida outro coisa ou jogo capta sua atenção.
- Não querem ler livros ou contos.
- Seu vocabulário é mais limitado.
- Não têm paciência para fazer suas tarefas, e para essas crianças custa muito esperar e perseverar para atingir um fim.
Não podemos negar que vivemos em uma era tecnológica, e não podemos isolar nossos filhos e não permitir-lhes que tenham acesso ou utilizem certos dispositivos, mas sim podemos controlar o seu uso e vigiar o que fazem. Também podemos acercá-los aos livros, às brincadeiras de rua, aos passeios pela cidade...
E, sobretudo, podemos evitar criar para eles uma agenda digna de um ministro e não encher o seu dia de estímulos e atividades. Não estressá-los desnecessariamente para enlouquecê-los. Não tem problema se vão se chatear. De fato, os psicólogos dizem que assim poderão desenvolver a fantasia, a concentração e a criatividade.
É possível que tenhamos que parar para pensar em quantas coisas nossos filhos fazem ao longo do dia, em quantos estímulos recebem e se estes realmente lhes permitem desfrutar, aprender, avançar, pensar, crescer... Em resumo, ser crianças.
Alba Caraballo
Editora de GuiaInfantil.com
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