Sintomas e tratamento do tétano em crianças

O que fazer se o nosso filho se infecta com a bactéria do tétano

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Sintomas do tétano em crianças
  2. Como tratar a uma criança infectada com tétano

O tétano é uma doença aguda do sistema nervoso central, secundária ao efeito de uma toxina gerada por uma bactéria chamada Clostridium tetani. Graças às vacinas, trata-se de uma doença praticamente erradicada nos países do primeiro mundo, e naqueles com coberturas adequadas de vacinação. Além disso, são necessárias muitas coincidências para que se desenvolva a doença, ainda que por desgraça, impossível não é. 

Sintomas do tétano em crianças

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No caso em que a toxina alcance o tecido nervoso, os principais sintomas seriam os seguintes: 

- Contrações musculares dolorosas e generalizadas que aumentam em frequência e intensidade diante de qualquer mínimo estímulo externo. Entre as manifestações clínicas clássicas se destacam espasmos dos músculos da mastigação que impede a abertura da boca, a posição do corpo que fica curvado para trás em forma de C invertida, ou seja, literalmente como a menina do filme ‘O exorcista’ quando desce as escadas da sua casa e a contração dos músculos do rosto que imita o riso. 

- Essas contrações dolorosas podem ser acompanhadas de sinais de hiperatividade do sistema nervoso simpático. Ou seja, taquicardia, variação a pressão arterial, sudoração ou elevação intensa da temperatura corporal. 

- Apesar dessas manifestações neurológicas, o nível de alerta do paciente pode se manter normal, e a criança é consciente de tudo o que acontece. 

- Igualmente, e apesar de se tratar de uma doença infecciosa, pode transcorrer sem febre. 

A mortalidade por tétano, uma vez que tenha iniciado os sintomas é elevada apesar de iniciar o tratamento e oscila entre 20% e 70% dos casos. Quando a evolução é satisfatória, após persistir a sintomatologia por volta de uma semana se inicia uma lenta recuperação durante os próximos meses. Não há sequelas a não ser que os espasmos musculares tenham ocasionado uma falta de oxigenação do cérebro.  

Devemos estar conscientes de que a vacinação evita o desenvolvimento dessa doença terrível. Quem escreve essas linhas nunca teve que enfrentá-la como pediatra, e não é devido à sorte, mas graças às vacinas. 

Como tratar a uma criança infectada com tétano

No caso de desenvolver a doença, o tratamento se baseia fundamentalmente em: 

- Limpar a ferida ‘tetânica’ para que chegue a maior quantidade de oxigênio e impeça o desenvolvimento das bactérias que produzem a toxina. 

- Administrar antibióticos, para evitar igualmente a proliferação das ditas bactérias.

- Administrar antitoxina, para evitar que chegue ao tecido nervoso. O problema é que quando a toxina já tenha alcançado esse tecido não se pode mais eliminar.

- Ambiente tranquilo e silencioso para evitar estímulos que desencadeiem as contrações musculares. 

- Internar numa unidade de cuidados intensivos pediátricos para administrar relaxantes e bloqueadores musculares, entre outras medidas de suporte vital. 

A melhor estratégia contra o tétano é a prevenção, ou seja, estar vacinado e consultar o pediatra no caso de feridas ‘tetânicas’, ou seja, profundas, graves e sujas ou contaminadas. 

E se entre os leitores eu tenho a sorte de me deparar com algum ‘anti-vacinas’ é bom que os pais vacinem aos seus filhos, pois de que forma protegê-los. E das feridas, alguém está a salvo?

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