Tratamento preventivo da malária

Tratamento contra a malária reduz em 22,2% o risco em crianças

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Como é o tratamento da malária na infância
  2. A malária é uma das maiores causas de morte de crianças no mundo

Tratamento preventivo contra a malária reduz em 22,2% o risco dessa doença entre crianças menores de um ano, segundo estudo realizado em Manhiça (Moçambique), em que colaborou a Fundação BBVA e o Hospital Clínico de Barcelona no ano de 2006.

Como é o tratamento da malária na infância

Como se trata a malária na infância

O tratamento, cujos resultados foram publicados em agosto de 2006 no Journal of Infectious Diseases, consistiu em administrar o fármaco sulfadoxina-pirimetamina (SP) de forma preventiva e intermitente (aos 3, 4 e 9 meses de idade) a 1503 crianças moçambicanas.

Este remédio antimalárico tem demonstrado a capacidade da SP para prevenir o desenvolvimento da doença e que além de reduzir os casos de malária clínica, também tem diminuído o número de internações em cerca de 19%.

Além disso, as vantagens desse tratamento, está no baixo custo da SP (menos de 2 euros) e o fato de que não necessita de uma nova infraestrutura, já que se trata de um remédio comercializado e de uso amplo.

O estudo tem sido objeto de discussão desde setembro de 2006 pela Organização Mundial da Saúde que está tutelando e seguindo de perto o processo todo. A intenção do organismo internacional foi aprovar uma resolução na Assembléia Geral de 2007 sobre o uso generalizado do tratamento intermitente para controlar a malária.

O projeto, está avaliando também as possíveis aplicações do mesmo remédio, aplicado de maneira intermitente, em mulheres grávidas, já que são um grupo de alto risco diante de um contágio pela malária. Deste modo existe a previsão de diminuição do risco de anemia e parasitas maternos, assim como a prematuridade e o baixo peso dos recém-nascidos de mães com malária.

A malária é uma das maiores causas de morte de crianças no mundo

A malária é uma das maiores causas de morte no mundo com cerca de 3.000 mortes ao dia e mais de 300 milhões de pessoas infectadas. Essa doença é especialmente grave nas crianças e responsável em mais de 25% das mortes de menores de 5 anos.
O CNPq e o Ministério da Saúde, em parceria com as FAPs do Amazonas, Pará, Maranhão, de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e do Rio de Janeiro, vão investir cerca de R$ 15 milhões no desenvolvimento de vacinas e no mapeamento genético dos vetores da malária.

Somente em 2008, foram contabilizados 306.347 casos da doença no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a Região Norte foi a que registrou o maior índice de pessoas portadoras de malária 297.210; seguido do Nordeste, 4.765; Centro-Oeste, 3.964; Sudeste, 391; e Sul, 107. No entanto, entre os anos de 2000 a 2007, o governo federal economizou R$ 6,8 milhões com a redução do número de internações por malária.

De acordo com a FAP do Amazonas, a malária é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por protozoários do gênero Plasmodium. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos. Os transmissores da doença são os mosquitos do gênero Anopheles. Além de desencadear acessos periódicos de febres intensas que desabilitam o doente, a doença provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos.

Os principais sintomas da malária são calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. De acordo com o Ministério da Saúde, se a doença não for tratata a tempo, o paciente pode desenvolver a chamada malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença.

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