Decálogo sobre a Hiperatividade Infantil

10 coisas que você deve saber sobre o TDAH

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. 10 aspectos mais desconhecidos sobre crianças hiperativas

O TDAH está adquirindo cada vez mais relevância entre a população, mas, às vezes, as informações que aparecem sobre ele não são de todo certas e podem chegar a confundir ou desorientar.

O objetivo deste decálogo que elaboramos é romper com preconceitos e desmitificar opiniões, para assim melhorar o conhecimento geral que a população tem sobre este transtorno. Somente 4% dos indivíduos respondem corretamente quando é perguntado sobre o que é o TDAH.

10 aspectos mais desconhecidos sobre crianças hiperativas

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1 – O TDAH tem uma origem neurológica

As novas técnicas de diagnóstico baseadas no mapeamento cerebral têm permitido identificar as principais áreas do cérebro afetadas pelo transtorno: o córtex pré-frontal, os gânglios basais, córtex parietal e cingulado anterior.

2 – O TDAH afeta tanto crianças como adultos

Calcula-se que cerca de 7% da população infantil na Espanha sofre desse transtorno e se não for tratada devidamente e os sintomas não melhorarem, os adultos também o sofrem. De fato, em 50% dos casos, os sintomas persistirão na idade adulta.

No Brasil não há política governamental para tratamento do TDAH. 

3 – Existem diferenças entre meninos e meninas

Para começar, os meninos são quatro vezes mais propensos a sofrer de TDAH do que as meninas. Além disso, os sintomas são diferentes em cada caso: enquanto a hiperatividade é o sintoma predominante neles, a falta de atenção é o mais frequente nelas. Isso dificulta a detecção em meninas, já que o sintoma mais problemático que é criado no meio em que a criança vive é a hiperatividade e não a falta de atenção.

4 – 20% do fracasso escolar estão associados ao TDAH

Devido à dificuldade para memorizar e focar a atenção, aproximadamente 20% dessas crianças tem problemas em matemática, compreensão da leitura e da escrita.

5 – É um transtorno diagnosticado inadequadamente

O TDAH vive uma situação de baixo diagnóstico, já que somente 2,5 das crianças estão diagnosticadas. Como consequência, somente 1% dos afetados recebe tratamento. 

Estima-se que no Brasil, seja gasto R$ 1,8 bilhão com tratamento inadequado ao TDAH e na maioria das vezes só se pode obter medicação na rede pública com ações judiciais.

6 – O Transtorno por Déficit de Atenção é crônico

O TDAH é um transtorno crônico. No entanto, é possível melhorar e reduzir os sintomas até o ponto em que não limitem o dia a dia de quem o sofre. Para isso, a melhor forma de melhorar o comportamento dessas crianças é através de um tratamento multidisciplinar, que inclui o farmacológico e o psicoterápico com a criança, mas, sobretudo com as famílias e as novas técnicas como o neurofeedback e a neuroestimulação. 

7 – O TDAH pode aparecer com doenças associadas

Duas de cada três crianças que chegam às consultas por causa do TDAH sofrem também outros transtornos que, ás vezes são confundidos com o Transtorno por Déficit de Atenção com Hiperatividade, como o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO), os Transtornos Comportamentais ou a Síndrome de Tourette. 

8 – Existem duas crianças com TDAH em cada sala de aula

Este transtorno implica em 50% da população clínica da psiquiatria infantil e juvenil. Ao afetar a tantas crianças em idade escolar, calcula-se que o TDAH tem entre 4 e 7% de presença na escola, o que equivaleria a 1 ou 2 crianças por sala de aula.

9 – Os sintomas do TDAH aparecem antes dos 7 anos

Os comportamentos sintomáticos do TDAH podem se manifestar antes dos 7 anos e no mínimo tem que ter a presença em dois âmbitos da vida da criança, por exemplo, em casa e na escola. Os principais sintomas desse transtorno são a falta de atenção, a hiperatividade e a impulsividade.

10 – Um transtorno que afeta o núcleo familiar

Uma criança com TDAH em casa aumenta os conflitos mais frequentes, por exemplo, entre irmãos: 46% das crianças com TDAH têm uma relação ruim com seus irmãos, cifra que diminui a 26% se nenhuma criança sofre com o transtorno.

Elsa Martín

Psicóloga do Centro de Neurometria Innea

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