Como falar de sexo com as crianças

Quando e como falar de sexo com os filhos

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Quando falar de sexo com as crianças
  2. 7 conselhos para quando as crianças começarem a fazer perguntas sobre sexo
  3. A importância de falar com os filhos sobre o sexo 

A sexualidade é algo que faz parte de todas as pessoas. Os pais e as mães devem ser a figura que preste informação, forme atitudes e valores sobre a identidade, as relações e a intimidade nos seus filhos. A sexualidade aborda temas como o desenvolvimento sexual, a saúde reprodutiva, as relações interpessoais, o afeto, a intimidade, a imagem corporal e o gênero.

Os adultos se sentem inseguros desde o começo, já que é muito fácil saber quando tocar no tema, nem como fazê-lo e aparece uma incerteza sobre os conhecimentos que se têm, quanta informação oferecer aos filhos e o que é necessário ensinar e o que não. Aqui vão alguns conselhos para tirar todas as suas dúvidas. 

Quando falar de sexo com as crianças

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O melhor é começar a falar de sexo com nossos filhos nos primeiros anos de sua infância, ainda que levando em conta que é necessário adequar a informação quanto à maturidade e seu ritmo de aprendizagem e as necessidades do pequeno. 

No início pode ser incômodo manter essas conversas, por isso existem muitas e diferentes maneiras de iniciar conversas sobre sexo e sexualidade. De fato, é possível conseguir situações específicas para ensinar ao seu filho temas relacionados com o sexo continuamente e em qualquer lugar: durante o banho, quando acontece uma gravidez na família, quando sair para compras, no cinema, assistindo a televisão, etc. 

Os pais devem iniciar o processo de educação sexual dos seus filhos muito antes que as crianças iniciem este tipo de ensino na escola. É muito comum que as crianças façam perguntas em qualquer idade devido à curiosidade natural que elas têm sobre o assunto. 

7 conselhos para quando as crianças começarem a fazer perguntas sobre sexo

Segundo a idade que nossos filhos tenham as perguntas podem ser diversas. Portanto, as respostas devem se adequar à idade e ao seu desenvolvimento pessoal. Os pais têm que levar em conta o seu grau de compreensão, sua maturidade intelectual e as inquietações específicas que expressarem, que é diferente em cada um. 

Por exemplo, quando a mãe estiver grávida, uma criança de 5 a 7 anos de idade fará perguntas mais complexas do que uma crianças de 3 ou 4 anos porque os primeiros tratarão de compreender a conexão entre a sexualidade e a gestação do bebê e os de 3 anos ficarão satisfeitos com menos explicações. O importante é a atitude do adulto diante das perguntas que as crianças fazem. Isso facilitará muito a situação: 

1. O adulto deve procurar não parecer envergonhado nem ter uma atitude muito séria em relação ao tema. 

2. A resposta deve ser breve, respondendo com termos simples que a criança entenda. A criança de 4 anos não necessita saber dos detalhes que a de 9 anos irá necessitar. 

3. Não rir da pergunta que a criança fizer. Ela pode se sentir envergonhada. 

4. Terá que repetir as coisas. A criança continuará perguntando.

5. Prestar atenção na atitude da criança ao receber a resposta. 

6. Usar o nome próprio de cada parte do corpo. 

7. Se os pais se sentem incômodos em falar desses assuntos, por que não pedir ajuda para algum familiar que o faça por eles.  

A importância de falar com os filhos sobre o sexo 

As crianças e jovens têm confiança nos seus pais na hora de falar de sexo porque acreditam na comunicação que existe com eles. Falar de maneira aberta de todos os assuntos que vão surgindo, escutar diferentes pontos de vista por parte das figuras adultas da família ou tratar os temas com profundidade no seu devido tempo contribui com isso. 

Viver esta experiência quanto à confiança na comunicação com os pais tem uma grande diferença. Através dessa segurança os pais poderão construir relações sólidas com seus filhos e dar-lhes expectativas e limites claros. Assim, poderão ajudar a reduzir as possibilidades de contrair doenças sexualmente transmissíveis quando forem maiores, a prevenir a gravidez na adolescência e, sobretudo assegurar que levem uma vida saudável e gratificante. 

Borja Quicios

Psicólogo educativo

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