Causas da asma infantil: os alérgenos

O que causa a asma nas crianças?

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Quais as causas da asma infantil

Ainda que a asma seja uma doença crônica, isso não significa que a criança não possa levar uma vida normal. Se, desde pequeno, a criança desenvolver as tarefas concernentes à sua doença de forma rotineira, será cada vez mais fácil para o pequeno enfrentar a sua doença, sobretudo, no início como a supervisão dos pais. Para que o controle da doença seja efetivo e os sintomas que podem causar a crise asmática possam ser eliminados, é preciso determinar qual é o alérgeno desencadeante e colocar em prática uma série de estratégias.

Quais as causas da asma infantil

O que pode causar asma nas crianças 

Para realizar um diagnóstico e controle adequados da asma infantil, é necessário considerar se existem antecedentes familiares da criança quanto à asma, e quais alérgenos (ácaros, pólen, mofo) que a criança esteja exposta, com que frequência e gravidade acontecem os sintomas e que outras infecções respiratórias podem apresentar os mesmos sintomas.

Animais. A maioria das pessoas pensa que as alergias aos animais são produzidas pelo seu pelo, mas também existem muitas outras causas como são as proteínas secretadas pelas glândulas sebáceas, a saliva e a urina. 

As crianças podem espirrar estando ou não com seu animal de estimação presente, já que ainda que o animal não esteja presente à vista, seus agentes se encontram em pequenas partículas circulando no ar, móveis e carpetes. Você pode colocar em prática essas estratégias de prevenção: 

1. Tirar os animais da casa se for possível. 

2. Se não for possível, tente mantê-los afastados dos quartos e lugares com carpetes ou tapetes.

3. Depois de brincar com o animal, a criança deve lavar bem as mãos e limpar sua roupa para tirar os agentes alérgenos. 

4. Limpar o animal com um pano úmido

Ácaros do pó doméstico. Os ácaros são microorganismos similares às aranhas, que se alimentam de camadas mortas da pele humana e que vivem nos colchões, camas, móveis, travesseiros, almofadas e cortinas, tapetes e carpetes. É difícil eliminá-los totalmente, mas podemos seguir uma série de recomendações para tentar reduzi-los: 

1. Pelo menos uma vez por semana, lavar com água bem quente (55ºC) lençóis e cobertas. 

2. Utilizar luvas e máscara enquanto realiza a limpeza para reduzir a exposição ao pó e o cheiro irritante de alguns limpadores. 

3. Trocar os tecidos de lã por materiais sintéticos. 

4. Se for possível trocar os pisos carpetados por madeira ou cerâmicas, ou outro material que não acumule poeira. 

5. Quanto aos produtos de limpeza é melhor utilizar esfregões ou flanelas úmidas, já que a limpeza a seco move essas pequenas partículas para outros lugares. 

6. Forrar colchões e almofadas com capas especiais ou impermeáveis e antialérgicos. 

7. Em quartos infantis se deve evitar a presença de bonecos de pelúcia, de pano ou então lavá-los com frequência. 

8. Usar aspiradores com filtros e sacos especiais, que agarre bem as substâncias irritantes de forma mais eficaz do que as vassouras ou espanador que só levanta e espalha a poeira. 

9.  Usar um aparelho que reduza a umidade ambiental pelo menos a 50% ou menos. 

Fungos. São agentes alérgicos que podem ser encontrados tanto no interior como no exterior das casas. Não existe uma estação definida para o seu aparecimento dentro da casa, mas parece ser mais abundante na primavera. Alguns lugares como a garagem, tetos, sótãos, porões, banheiros e cozinhas são ideais para hospedar umidade interior. Para evitar que se proliferem você pode colocar em prática essas estratégias de prevenção: 

1. Checar torneiras, mangueiras e ralos, que favorecem a umidade. 

2. Se tiver ar condicionado, deixe as janelas abertas no início. 

3. Utilize aparelho que mantenha a umidade ambiental abaixo dos 50%. 

4. Ventile todos os cômodos da casa diariamente, incluindo banheiros e porões. 

5. Não deixe folhas secas no jardim. 

6. Quando for trabalhar no seu jardim, utilize luvas e mascara e evite trabalhar em dias muito calorosos e úmidos. 

Pólens. Podem produzir sintomas asmáticos e alérgicos a quilômetros de distância. Existem muitos tipos e é preciso saber quais nos prejudicam através de exames diagnósticos. Durante a primavera é quando os alérgicos a pólen são mais atacados. É impossível evitar sair à rua, mas existem algumas sugestões que podemos seguir para prevenir o agravamento dos sintomas. As condições climatológicas externas podem afetar aos asmáticos de muitas formas, por exemplo, as mudanças bruscas de temperatura, assim como os dias mais quentes e úmidos, ou antes, das tormentas. 

1. Evite sair de casa nas primeiras ou últimas horas do dia ou depois das chuvas, quando os níveis de pólen são menores. 

2. Pergunte na escola se o seu filho pode ficar dentro do prédio durante os recreios. 

3. Mantenha janelas e portas fechadas tanto em casa tanto em casa como nos veículos. 

4. Utilize o ar condicionado ao invés de ventiladores ou abrindo janelas. 

5. Depois de lavar as roupas, use a secadora ou não deixe as roupas ao vento para que o pólen não grude nos tecidos. 

6. Evite roupas e animais que, por contato, podem transportar os agentes alérgicos para o interior da sua casa. 

7. Evite passeios no campo no auge do pólen. Os níveis de pólen no gramado são afetados por fatores como a temperatura, hora do dia e a chuva. Se tiver grama na sua casa, escolha um tipo de erva que não produza um aumento da alergia ou troque por cimento ou pedra. Evite que seus filhos ou familiares fiquem deitados ou sentados na relva e não leve seu filho a superfícies de grama recém-cortada.  

Látex. O látex é extraído da árvore tropical Hevea brasiliens e se utiliza, sobretudo, na produção da borracha. Atualmente, está muito distribuído em inúmeros produtos, principalmente no âmbito sanitário. Qualquer pessoa que utilize produtos de látex pode se sensibilizar. No entanto, o risco é maior em indivíduos alérgicos com rinite, asma ou dermatite por outros alérgenos. Outros grupos de risco são as crianças com espinha bífida pela sua exposição repetida ao látex. 

Marisol Nuevo. Redactora

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