O que é a mastectomia preventiva

Quando uma mulher deve praticar a mastectomia preventiva

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Em que consiste a mastectomia preventiva
  2. Por que uma mulher pode ser submetida a uma mastectomia preventiva 
  3. Que alternativas existem à cirurgia para prevenir ou reduzir o risco de câncer de mama

Uma das doenças que mais afetam as mulheres é o câncer de mama. Há alguns anos a atriz Angelina Jolie se submeteu a uma mastectomia sem ser diagnosticada dessa doença. O motivo foi que, em sua família havia antecedentes, e ela queria prevenir o aparecimento do câncer. Essa decisão teve um impacto social muito grande.

Os dados existentes sugerem que a mastectomia preventiva pode reduzir significativamente (90%) o risco de desenvolver câncer de mama em mulheres de risco moderado e alto. No entanto, ninguém pode estar seguro de que este procedimento vai proteger a uma determinada mulher de sofrer de câncer de mama. 

Em que consiste a mastectomia preventiva

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A mastectomia preventiva é a retirada cirúrgica de um ou ambos os peitos, com o objetivo de prevenir ou reduzir o risco de câncer de mama. Podem-se realizar diferentes tipos de intervenção: 

1. A mastectomia total: em que se retira o tecido mamário e o mamilo. 

2. Mastectomia subcutânea: o médico retira o tecido mamário, mas deixa intacta a pele, ou a pele e o mamilo. 

Por que uma mulher pode ser submetida a uma mastectomia preventiva 

Alguns dos fatores que aumentam a possibilidade de que uma mulher desenvolva câncer de mama são os seguintes:

- Câncer de mama anterior: Uma mulher que já tenha tido câncer em um seio tem mais probabilidades de desenvolver um novo câncer na mama oposta. Em ocasiões, essas mulheres podem considerar a mastectomia preventiva para diminuir a possibilidade de desenvolver um novo câncer de mama. 

- Histórico familiar de câncer de mama: a mastectomia preventiva pode ser uma opção para uma mulher cuja mãe, irmã ou filha tiveram câncer no seio, especialmente se foram diagnosticadas antes dos 50 anos. 

- Câncer de mama hereditário: Uma mulher cuja prova genética é positiva para mudanças ou mutações em certos genes que aumentam o risco de câncer de mama (por exemplo, o gene BRCA1 e BRCA2) pode considerar a mastectomia preventiva. 

- Radioterapia: Uma mulher que se submeteu a terapia de radiação no peito (incluindo os seios) antes dos 30 anos está em risco maior de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Isso inclui mulheres tratadas por linfoma de Hodgkin. 

Que alternativas existem à cirurgia para prevenir ou reduzir o risco de câncer de mama

Alguns médicos podem aconselhar a um acompanhamento bem minucioso (mamografias periódicas, exames regulares, que incluam um exame clínico dos seios realizado por um profissional da saúde, e o auto-exame mensal) para aumentar a probabilidade de detectar o câncer de mama em uma etapa precoce. 

Em alguns casos com alto risco de sofrer de câncer de mama, pode-se recomendar às mulheres a ingestão de alguns remédios como o tamoxifeno, raloxifeno ou exemestano, que tem demonstrado diminuir o risco de contrair este tipo de câncer. 

Também se pode recomendar às mulheres com alto risco, de limitar o seu consumo de álcool, comer uma dieta pobre em gorduras, realizar exercícios físicos regulares, e evitar o uso de hormônios para o tratamento dos sintomas menopáusicos. Apesar de que essas recomendações de estilo de vida têm sentido e são parte de uma forma de vida saudável, ainda que não se tem provas claras e convincentes que especificamente reduzam o risco de desenvolver câncer de mama. 

Sara Cañamero de León

Matrona

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