A transmissão do HIV da mãe para o bebê na gravidez

Como evitar o contágio ou a transmissão materno infantil do HIV

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. Prevenção da transmissão materno infantil do HIV

Uma mãe soropositiva ou com HIV pode contagiar ao seu filho e isso se conhece como transmissão vertical. A maioria das crianças que são soropositivas tem sido contagiada durante a gravidez, ao nascer ou durante o aleitamento. 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), sem tratamento, a taxa de transmissão vertical do vírus é de 15 a 45% e graças às ações de prevenção se consegue reduzir até 5%. Um dos aspectos mais importantes para poder evitar esse contágio é que as mulheres gestantes façam, desde o início da gravidez, o exame de HIV para descartar a presença desse vírus.  

Prevenção da transmissão materno infantil do HIV

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Se você ainda não estiver grávida, ainda dá tempo de fazer o exame e saber se você é uma mulher soropositiva. Além do mais, conhecer o que implica uma gravidez nessas circunstâncias. Se você já estiver grávida, você deve saber se é ou não portadora do HIV e assim poder evitar transmiti-lo ao seu bebê

O HIV ou o Vírus da Imunodeficiência Humana ataca o sistema imunológico das pessoas tornando-as mais vulneráveis em relação às infecções, algumas das quais podem ser mortais. A AIDS é a etapa final do HIV e nem todos que se contagiam desenvolvem AIDS. 

A boa notícia é que se pode evitar a transmissão do vírus da mãe ao bebê. No mundo existe um enfoque integral para a prevenção desse contágio que tenta diminuir, ano após ano, a taxa de transmissão vertical do vírus através das seguintes ações: 

1 – Evitar o contágio em mulheres em idade fértil: Através de diferentes campanhas a comunidade é convidada a praticar sexo seguro para evitar que homens e mulheres se contagiem com o HIV evitando sua propagação. 

2 – Evitar gravidezes não desejadas em mulheres soropositivas: em geral se convida as mulheres a conhecer se estão infectadas para dar-lhes informações, métodos contraceptivos e o tratamento que necessitam.  

3 – Identificação de gestantes soropositivas: A única forma de sabê-lo é através do exame de HIV e isso não afeta a gestação nem o feto, e a mulher gestante deve realizá-lo desde a notícia da gravidez. 

4 – Tratamento: Se a mãe for soropositiva serão administrados medicamentos antirretrovirais que diminuirão a concentração do vírus no seu corpo. Ainda que a taxa mais alta de contágio não se apresente durante a gravidez é importante que a mulher gestante soropositiva se submeta ao tratamento antirretroviral porque diminui o risco de contágio e melhorará notavelmente o seu estado de saúde e a do feto evitando complicações na gravidez e no parto, que poderia aumentar a possibilidade de um contágio.   

Esses remédios e suas doses são avaliados para não afetar a gravidez nem ao bebê e são administrados às mulheres sob vigilância médica. 

5 – Parto: 70% dos casos de transmissão materno infantil do vírus acontecem durante o parto através do contato dos fluídos da mãe com o bebê. No parto natural o bebê fica exposto a esses fluidos da mãe HIV positiva. É por isso que se aconselha o parto programado por cesárea. isso dependerá em alguns casos do desejo da gestante, do seu nível cultural, o país em que habite e das complicações da gravidez.  Durante o parto, o corpo médico deverá tomar precauções, administrar medicamento antirretroviral e evitar o contato do bebê com os fluidos maternos. Se a mãe for medicada com o tratamento contra o HIV durante a gestação, as possibilidades de complicação no parto que poderiam derivar num contágio são diminuídas. 

6 – Leite materno: Em países desenvolvidos onde é facilmente substituível o leite materno pelo leite artificial se recomenda que a mãe soropositiva não alimente ao bebê, uma vez que a amamentação é outra via de contágio. Em países muito pobres é muito mais arriscado que um bebê morra por complicações derivadas da falta de proteção que o leite materno contribui, pela má qualidade da água e da baixa qualidade ou inexistência dos leites para substituir o leite materno. Nesses países se sugere à mãe amamentar ao seu bebê de maneira exclusiva durante 6 meses ou prolongar inclusive o aleitamento combinado com o tratamento contra o vírus HIV. 

Caso você precise de mais informações deverá procura o médico ou os centro de saúde da sua cidade. Você não deve ter medo do exame de HIV, pois se você ficar sabendo rapidamente do seu diagnóstico, grávida ou não, tem mais possibilidades em obter um tratamento oportuno que redundará numa melhor qualidade de vida para você e o seu bebê. 

Se você estiver planejando engravidar é muito importante que conheça o seu estado de saúde e isso inclui saber se tem ou não HIV. Todos nós devemos nos esforçar em assegurar o direito que todas as crianças têm em nascer saudáveis. 

Viviana Marín

Redatora de GuiaInfantil.com

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