Riscos da semeadura vaginal no recém-nascido

Vilma Medina, Diretora de Guiainfantil.com
Neste artigo
  1. O que é a semeadura vaginal na cesárea
  2. Os riscos da semeadura vaginal para o recém-nascido 

Quando o bebê nasce de forma natural atravessa o canal da vagina. Na sua impactante viagem até o seu novo ‘habitat’ ele recebe os fluidos vaginais da mãe. Neles, evidentemente, estão incluídos bactérias de vários tipos. Mas, o que acontece com os bebês que nascem por cesárea? Eles não têm a possibilidade de serem ‘embebidos’ com esses fluidos. 

Em muitos hospitais se começa a experimentar uma nova técnica destinada aos bebês que nascem mediante cesárea. Chama-se ‘semeadura vaginal’. Adivinhe o que é? 

O que é a semeadura vaginal na cesárea

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Quando o bebê nasce por cesárea, isso acontece de forma ‘limpa’. Ou seja, não atravessa o canal do parto e, portanto não entra em contato com os fluidos da mãe. Alguns estudos chegaram à conclusão de que isso é o que podia originar nos bebês, nascidos por cesárea tiveram maior tendência a sofrer problemas como a obesidade, alergias relacionadas com a asma ou alguns problemas intestinais. Para solucionar isso, muitos médicos optam pela chamada ‘semeadura vaginal’ ou microbirthding.  

Como se faz? Toma-se uma mostra de fluidos vaginais da mãe e quando o bebê nasce ele recebe um ‘banho’ com eles. São aplicados na pele, boca e olhos. Dessa forma, os defensores da técnica asseguram que os bebês recebem o aporte de todas essas bactérias presentes nos fluidos vaginais da mãe que deveria conter ao nascer de forma natural. Bactérias (muitas delas de caráter intestinal) que podem minimizar o risco de que o recém-nascido contraia algumas doenças. 

Mas... Não existem riscos?

Os riscos da semeadura vaginal para o recém-nascido 

Alguns médicos especializados em neonatologia têm alertado sobre os riscos dessa prática, uma técnica que nasceu na Austrália e está cada vez mais difundida. Entre os médicos que rejeitam essa manobra está Aubrey Cunnington, do Imperial College de Londres (Reino Unido). Os contrários à ‘semeadura vaginal’ asseguram que o remédio é pior do que a doença. Ou seja, que ‘pintar’ aos bebês recém-nascidos com as bactérias da sua mãe podem transmitir-lhes todas essas doenças: 

- Clamídia

- Gonorréia

- Herpes simplex 

- Estreptococos do grupo B

Todas essas infecções podem ser perigosas para o recém-nascido. Esses médicos asseguram que os benefícios que essa técnica possa ter para o bebê são insignificantes em comparação com os perigos que eles são submetidos. 

No lado oposto, os estudos que alertam sobre os problemas que as crianças podem ter as crianças nascidas por cesárea. Por exemplo, segundo esses estudos, um recém-nascido por cesárea tem 52% mais possibilidades de sofrer de asma que um que nasce de forma natural. 

Os fluidos vaginais da mãe aportam aos bebês bactérias que lhes ajuda a se imunizar contra certas doenças. No entanto, ainda não existem estudos suficientes que demonstrem que a semeadura vaginal possa substituir a passagem natural do bebê pelo canal do parto

Estefanía Esteban

Redatora de GuiaInfantil.com

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