Como explicar uma tragédia e a morte às crianças
Como falar da morte respeitando as características de cada fase da criança
- Como as crianças entendem a morte
- A morte segundo a idade da criança
Ninguém, absolutamente ninguém está livre de se sentir afetado e entristecido com as notícias sobre tragédias, mortes, acidentes que são transmitidos na televisão, redes sociais e outros meios na Internet.
Para um adulto já é difícil encarar essas situações, imagine o que acontece com as crianças, com esses seres que ainda não conhecem muitas das razões, que apenas têm tido poucas experiências em suas curtas vidas. O que acontece com essas criaturas que dia a dia os pais tentam defendê-las da dor e superprotegê-las em alguns casos.
Como as crianças entendem a morte
Explicar às crianças situações como um grave acidente ou a morte, seguramente é um dos momentos mais difíceis que temos os pais, mãe e familiares têm que enfrentar, especialmente se a pessoa em questão é muito próxima à criança. A forma que as crianças têm em entender essas situações muda segundo a idade que tenham. Por isso, é muito importante que os pais saibam como explicar uma tragédia ou a morte aos seus filhos.
A morte segundo a idade da criança
Até os 5 anos de idade as crianças não podem entender realmente o que é a morte. Não podem ter essa consciência. Se tivermos que dizer-lhe que algum familiar tenha morrido, o melhor é que estejamos preparados para responder às suas perguntas. Seguramente, uma criança de 5 ou 6 anos perguntará aos pais onde estará essa pessoa e o melhor é dar-lhe respostas muito curtas como ‘ele se foi para um lugar melhor’, por exemplo. O importante é não mentir-lhe dizendo-lhe que irá voltar ou algo parecido.
Por volta dos 7 ou 8 anos de idade, as crianças já tem uma consciência maior sobre a morte. A morte para eles se converte em uma situação mais definitiva e angustiante, e como é difícil explicar algo que nem a gente conhece bem. Nessa idade, as crianças sabem que os mortos já não voltarão e que, portanto, a morte é definitiva. Os pais não poderão evitar o seu luto e sim tratar de tranquilizar-lhes, sem dramas. A compreensão, a paciência, assim como o apoio e o carinho são fundamentais nesses momentos.
Não é tão simples explicar a morte às crianças, já que cada criança é um mundo no que se refere também à sensibilidade. Cada um entende e vive o luto à sua maneira. Alguns podem ver a morte e a tragédia como uma injustiça, e outros podem vê-las como algo insuperável. O papel dos pais nessas situações é crucial para que consolar as crianças. Nós oferecemos algumas idéias:
1 – Animar a criança a falar sobre o que aconteceu, sobre o que sente, o que pensa sobre isso. Animá-la para que expresse seus sentimentos.
2 – Animar a criança para que se lembre dos bons momentos que tenha tido com a pessoa falecida e a família.
3 – Não deixar a criança sem respostas às suas perguntas. A morte é um mistério e ninguém sabe exatamente o que ocorre com a pessoa que morre, aonde irá, etc.
4 – Levar a criança a um especialista no caso que o seu luto não se acabe ou quando ela não consiga separar a tristeza pela perda de um ente querido.
5 – Não criar falsas expectativas na criança. A verdade deve ir sempre adiante para que a criança possa assimilar o quanto antes a situação.
6 –Ter paciência com a criança. As crianças necessitam tempo, espaço, carinho e apoio para superar sua dor. Jamais devem viver o seu luto em solidão.
Particularmente acredito que, apesar das mortes, o melhor é explicar a vida às crianças, sempre. É a única coisa que todos nós sabemos do que se trata e pela qual devemos dar graças todos os dias.
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