Um grito contra a escravidão infantil

No dia 16 de abril se comemora o Dia Internacional contra a Escravidão Infantil. É importante chamar a atenção sobre a terrível situação que estão vivendo milhões de crianças em todo o planeta: 400 milhões de todo o mundo, com idades entre 4 e 14 anos, são escravos do trabalho, e dentre eles, 165 milhões têm menos de 5 anos. Essas crianças vivem imersas em guerras, prostituição, exploração de trabalho, fome e maus tratos. 

A exploração do trabalho infantil é comum em países subdesenvolvidos e países emergentes como o Brasil, onde nas regiões mais pobres esse trabalho é bastante comum. Na maioria das vezes isso ocorre devido à necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas destas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. Apesar de existir legislações que proíbam oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas grandes cidades brasileiras a presença de menores em cruzamentos de vias de grande tráfego, vendendo bens de pequeno valor monetário.

O Brasil continua registrando novas formas de escravidão com seres humanos, dentre eles, muitas crianças que trabalham em condições desumanas, seja em fazendas, minerações ou em fábricas clandestinas.

Use a sua voz contra a Escravidão Infantil no mundo

O Dia Mundial contra a Escravidão Infantil é celebrado em memória de Igbal Masih, um menino paquistanês de doze anos, que morreu assassinado em 1995 pelas máfias têxteis, depois de inúmeras ameaças, por fechar empresas em que todos os trabalhadores eram escravos. Esse menino foi conhecido mundialmente, já que com outras crianças sindicalistas conseguiu a liberdade e começou uma luta associada para liberação dos milhões de crianças escravas que existem no mundo. Em memória de Igbal, símbolo dos 400 milhões de crianças escravas na atualidade, o mundo inteiro quer reivindicar o 16 de Abril como Dia Internacional contra a Escravidão Infantil. 

A exploração infantil continua aumentando em todo o mundo Nos países mais pobres a exploração infantil se multiplica em consequência do comércio internacional, o monopólio tecnológico, as políticas econômicas impostas pelas instituições financeiras internacionais e o trato de favores dos governos e as grandes companhias internacionais.

As crianças e adolescentes formam o grupo laboral mais vulnerável e desprotegido das empresas que utilizam os menores mediante subcontratações nos países pobres para baratear uma mercadoria que se vende em outros lugares e que esses menores nunca poderão desfrutar. Essas crianças que se veem obrigadas a trabalhar, devem abandonar sua infância, sua condição de criança, deixando de lado as brincadeiras e a escola para se converterem em mão de obra barata.

Segundo dados feitos por movimentos contra a escravidão infantil, as crianças representam mais de 10% do potencial de mão de obra, estimados em mais 300 milhões de pessoas e os escravos contribuem com cerca de 13 bilhões de euros anuais ao PIB mundial. Está na hora de usarmos nossa voz para apoiar e dar um grito de ajuda contra a escravidão infantil. Una-se a nós. 

Marisol Nuevo

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